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Costa garante: “Não, não é intenção do Governo nacionalizar os CTT”

“Quanto muito haveria lugar a resgate de concessão,” ressalvou o primeiro-ministro, em resposta a Hugo Soares, do PSD. Ou seja, Costa rejeita a hipótese de nacionalização, mas admite um “resgate de concessão” que, na prática, iria ao encontro do que Catarina Martins, líder do BE, defendera escassos minutos antes: “Os CTT só servem o país se forem públicos.”
20 Dezembro 2017, 16h03

O chefe da bancada parlamentar do PSD, Hugo Soares, questionou diretamente o primeiro-ministro António Costa sobre a eventual renacionalização dos CTT. “Peço que, sem ambiguidades e sem se esconder atrás de grupos de trabalho, esclareça se concorda com as afirmações da líder do Bloco de Esquerda [sobre os CTT]. Qual é a posição do Governo, afinal? Concorda com os parceiros parlamentares que pedem a nacionalização?”

Alguns minutos antes, Martins tinha instado o primeiro-ministro a chumbar o processo de reestruturação dos CTT e perguntou se o Governo vai “recuperar para a esfera pública o serviço postal dos CTT.” Ao que Costa respondeu que o Governo ainda recebeu qualquer proposta de reestruturação e não se comprometeu com a renacionalização dos CTT, remetendo para a avaliação em curso por um grupo de trabalho recém-formado.

Perante a insistência de Hugo Soares no mesmo tema, Costa garantiu: “Não, não é intenção do governo nacionalizar os CTT, porque sendo uma entidade que está sob concessão, não há lugar a nacionalização. Quanto muito haveria lugar a resgate de concessão. E esse resgate coloca-se nos termos do contrato e da avaliação da ANACOM.” Ou seja, o primeiro-ministro rejeita a hipótese de nacionalização, mas admite um “resgate de concessão” que, na prática, iria ao encontro do que Martins, do BE, defendera escassos minutos antes: “Os CTT só servem o país se forem públicos.”

 

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