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Costa pede aos portugueses para “não desaproveitarem” oportunidade de votar

O primeiro-ministro, António Costa, apelou hoje aos portugueses para “não desaproveitarem” a oportunidade de votar nestas eleições europeias e que “participem o mais possível”, considerando que é “o único momento” em que os cidadãos são todos iguais.
26 Maio 2019, 12h39

“Eu acho que todos partilhamos o apelo do senhor Presidente da República de que é essencial participar nestas eleições, este é mesmo o único momento onde somos todos iguais no exercício do poder”, afirmou o chefe de Governo, falando aos jornalistas depois de votar numa escola da freguesia de Benfica, em Lisboa.

No momento da votação, o poder de cada cidadão “é exatamente o mesmo, e essa é grande qualidade da democracia, é aquele momento em que cada cidadão é igual no exercício dos seus direitos”, advogou o primeiro-ministro.
“E não devemos desaproveitar essa oportunidade. Portugal é, há muitos anos, membro da União Europeia, temos todos o dever, o direito e a ambição de participar na construção da Europa e de dizer também, na Europa, o que é que nós queremos para o futuro da união em que participamos”, destacou.

Na ótica de Costa, é este o momento para os portugueses escolherem quem querem que os represente na União Europeia e, por isso, pediu que “as pessoas participem o mais possível”. “Muitas das coisas da nossa vida, hoje em dia, são decididas pelos órgãos da União e os órgãos da União não são nomeados por ninguém que não sejam os cidadãos”, salientou.

António Costa notou também que nestas eleições para o Parlamento Europeu foram tomadas “medidas importantes” para alargar ao máximo a possibilidade de participação, destacando o recenseamento automático dos portugueses que vivem no estrangeiro, os boletins de voto em braile e o voto antecipado em mobilidade.

O chefe de Governo e secretário-geral do PS exerceu hoje o direito de voto na escola básica Jorge Barradas, onde também foi abordado por alguns cidadãos que lhe deram as boas vindas a Benfica, freguesia para onde se mudou recentemente. O primeiro-ministro chegou acompanhado pela esposa e esperou alguns segundos na fila para a secção de voto, onde foi conversando com quem também aguardava para votar.

Costa levou apenas alguns minutos a votar, o que considerou ser um sinal de que “as coisas correm bem”.
Já quanto a resultados, o socialista remeteu o assunto para a noite eleitoral. “Sobre resultados falamos logo, agora é o momento de todos os portuguesas e portugueses falarem, dizerem o que é que desejam para o futuro da União Europeia, também o que é que desejam para o futuro de Portugal e como veem Portugal na União Europeia. Neste momento não é o momento de eu falar, já falei pondo o meu ‘boletinzinho’ de voto na urna, é assim que todos devemos falar hoje”, assinalou.

Depois de votar e de falar à comunicação social, António Costa regressou a casa a pé. Questionado sobre como iria passar o resto do dia, o primeiro-ministro referiu ter “várias tarefas domésticas atrasadas dos últimos 15 dias”.

“Mas hei de aproveitar para descansar e, ao fim do dia, começamos com as reuniões de trabalho”, revelou.
Cerca de 10,7 milhões de eleitores são hoje chamados a eleger os 21 deputados portugueses ao Parlamento Europeu, numas eleições a que concorrem 17 listas.

Relativamente a existir este ano mais um milhão de pessoas recenseadas – os eleitores com capacidade eleitoral ativa são 10.761.156, quando nas anteriores eleições para o Parlamento Europeu, em maio de 2014, eram 9.696.481 – o líder do Governo notou que, quando os resultados forem comparados, há que ter esse facto em conta, “mas isso não significa aumentar a abstenção”, mas sim que “há mais pessoas com direito a votar”.

Votam para as eleições ao Parlamento Europeu cerca de 400 milhões de cidadãos dos 28 países da União Europeia, que elegem, no total, 751 deputados.

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