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Costa rejeita confronto com Marcelo em matéria de regionalização

O secretário-geral do PS, António Costa, recusa um confronto com o Presidente da República sobre a regionalização. E admite uma “atualização anual dos vencimentos” na Função Pública.
  • Carlos Barroso / Lusa
15 Junho 2019, 09h52

O secretário-geral do PS, António Costa, recusa, em entrevista publicada este sábado ao Expresso, um confronto com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a regionalização.

“A pior coisa que podia acontecer para quem defende a regionalização (…) era precipitarmo-nos numa confrontação com o Presidente da República, com um risco de comprometer por mais 20 anos” o processo, afirma António Costa, no dia em que o PS arranca com uma série de quatro convenções temáticas, que culminam com uma convenção nacional em julho, cujo objetivo é a construção do programa eleitoral para as legislativas.

Sobre esta matéria, o também primeiro-ministro admite que “o próprio Presidente possa ter evoluído na sua reflexão ao longo dos últimos anos”, reiterando que “o PS sempre foi a favor da regionalização”.

“Mas, depois, há que fazer uma avaliação sobre a oportunidade política da introdução do tema, sabendo-se que o atual Presidente da República foi o campeão do combate à regionalização”, acrescenta António Costa.

Depois de considerar Marcelo como “campeão do combate à regionalização”, o socialista considera que o líder do PSD, Rui Rio, foi há 20 anos “um vice-campeão” e “hoje é um dos grandes defensores da regionalização”.

Na entrevista ao semanário, o líder do PS propõe-se “reforçar os instrumentos de combate à corrupção e os meios afetos à investigação”.

Sobre a função pública, António Costa antecipa a possibilidade de “haver atualização anual dos vencimentos” e “preencher as inúmeras lacunas de contratação de pessoal na administração pública”, assim como “rever significativamente os níveis remuneratórios dos seus técnicos superiores”.

“Os técnicos superiores têm de ter fatores de diferenciação salarial significativa, sob pena de o Estado deixar de ser competitivo na contratação de quadros qualificados para a administração pública”, adianta o primeiro-ministro.

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