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Costa rejeita proposta do CDS-PP e diz que não vai abrir ADSE a todos os trabalhadores

O primeiro-ministro, António Costa, sublinha que o Orçamento do Estado em nada contribui para a ADSE e que sugere que esta passe a ser “mutualizada” para que seja “gerida, total e exclusivamente, pelos seus beneficiários e os seus contribuintes”.
27 Novembro 2019, 17h04

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quarta-feira que não tenciona abrir a ADSE a todos os trabalhadores, sejam eles do setor público ou privado. António Costa sublinha que o Orçamento do Estado em nada contribui para a ADSE e que sugere que esta passe a ser “mutualizada” para que seja “gerida, total e exclusivamente, pelos seus beneficiários e os seus contribuintes”.

Questionado pela líder parlamentar do CDS-PP, Cecília Meireles, sobre a possibilidade de abrir a ADSE a todos os trabalhadores, António Costa afirmou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é, na visão do Governo, a melhor solução para assegurar condições de saúde aos portugueses.

“O caminho não é voltar a desinvestir nem em privatizar. É cumprir e fazer cumprir aquilo que consta na nova Lei de Bases da Saúde, que o CDS-PP voltou contra. O que acreditamos é que um SNS universal tendencialmente gratuito e geral é a melhor condição para termos um SNS para todos e não só para aqueles que não têm condições para ter seguros de saúde”, sublinhou António Costa.

O líder socialista indicou que o Governo fez, ao longo dos últimos anos, um “grande esforço de reposição dos cortes no investimento o SNS”, com mais 1.800 milhões de euros por ano e mais 15 mil profissionais por ano e que, até ao final da legislatura, devem estar concluídos cinco novos hospitais. “O SNS está hoje a prestar mais consultas e a fazer mais cirurgias do que estava o ano passado e há quatro anos”, salientou.

Quanto à ADSE, António Costa disse que Orçamento do Estado em nada contribuiu para a ADSE e que a evolução que o Governo prevê é que essa possa “ser devidamente mutualizada para que seja gerida, total e exclusivamente, pelos seus beneficiários e os seus contribuintes, que são os funcionários públicos”.

Cecília Meireles notou que “quem está a recorrer aos seguros de saúde, ou seja o sistema que dá acesso ao setor privado e social, não são, ao contrário do que se pensa, os que têm mais dinheiro, mas a classe média, média baixa e a classe baixa”. “O motivo para isto é não encontrarem saúde a tempo e a horas”, afirmou Cecília Meireles.

“Ou seja, quem consegue, fazendo sacrifícios, pagar um seguro de saúde, consegue ir a outros serviços como o social e o privado. Quem não consegue, espera e desespera no SNS”, concluiu.

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