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Covid-19: Aeroportos prevêem perdas de 3,9 mil milhões no primeiro trimestre

Esta associação internacioal salienta que, neste momento, a Europa é a segunda região mais impactada pela perda de passageiros.
18 Março 2020, 07h25

O conjunto dos aeroportos internacionais representados pelo ACI – Airports Council International World estima que o surto do coronavírus provoque perdas de cerca de 3,9 mil milhões de euros (cerca de 4,3 mil milhões de dólares ao câmbio atual) apenas no primeiro trimestre deste ano.

“Antes do surto do Covid-19, as previsões de receitas globais dos aeroportos para o primeiro trimestre de 2020 deveriam chegar a cerca de 35,4 mil milhões de euros (cerca de 39,5 mil milhões de dólares). O ACI estima agora uma perda de receitas de pelo menos cerca de 3,9 mil milhões de euros (4,3 mil milhões de dólares) em termos de receitas globais. Espera-se que a maioria das perdas nas receitas ocorra na região da Ásia-Pacífico, com um decréscimo de cerca de cerca de 2,7 mil milhões de euros (cerca de três mil milhões de dólares) em relação às receitas projetadas. Este valor é aproximadamente igual ao total das receitas dos dois maiores ‘hubs’ aeroportuários europeus ou asiáticos combinados”, revela um comunicado do ACI World.

O mesmo documento acrescenta que, ao nível global, a ACI World estima que o volume do tráfego de passageiros no primeiro trimestre de 2020 caia cerca de 12 pontos percentuais em comparação com o que estava anteriormente projetado por este organismo.

“A Ásia-Pacífico é a região mais impactada pela descida dos volumes de tráfego de passageiros, com estimativas de queda de 24 pontos percentuais em comparação com as anteriores previsões de ‘business as usual’ para o primero trimestre de 2020. A Europa e o Médio Oriente também devem ser impactadas significativamente por reduções no tráfego. A América do Norte deverá assitir a declínios similares no segundo trimestre de 2020 após as recentes restrições de voos, anunciadas na semana passada, e com as que se prevêem para as próximas semanas”, adianta o referido comunicado do ACI World.

A mesma nota acrescenta que “este efeito no número de passageiros e no cancelamento de voos irá resultar em receitas reduzidas com base nas tacas aeroportuárias – enquanto as receitas aeronáuticas estão a ser desafiadas desta forma, o custo que está na base das taxas aeroportuárias permanece inalterado, uma vez que os aeroportos suportam muitos custos fixos”.

No entanto, o ACI World realça que, “no momento presente, a Europa é a segunda região mais impactada pela perda de passageiros à medida que mais dados vão estando disponíveis”.

Em janeiro de 2020, o ACI World representa 668 membros, gestores aeroportuários, operando 1.979 aeroportos em 176 países.

 

 

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