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Covid-19: ANA vai limitar acesso aos aeroportos

Gestora aeroportuária decidiu também encerrar todos os ‘lounges’ existentes nos aeroportos nacionais geridos pela empresa.
  • Cristina Bernardo
16 Março 2020, 14h14

Depois de vários dias em que foram reportados diversos episódios de aglomeração nos aeroportos geridos pela ANA/Vinci, em particular no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, contrariando as disposições do estado de alerta decretado para o país na passada quinta-feira, dia 12 de março, a gestora aeroportuária decidiu limitar o acesso das pessoas aos aeroportos nacionais que gere.

“A ANA – Aeroportos de Portugal apela a que só se desloquem aos aeroportos nacionais as pessoas que vão efetivamente viajar. Consciente da necessidade de evitar grandes aglomerados de pessoas nos aeroportos, face à situação de emergência que se vive no país, a ANA está a trabalhar com a PSP no sentido de criar um sistema de limitação de acesso que possa ser rapidamente implementado”, assegura um comunicado da gestora aeroportuária.

Segundo essa nota informativa, “dentro dos aeroportos, os passageiros vão ser chamados a cumprir escrupulosamente e de forma responsável a recomendação de distanciamento social aconselhável para a prevenção do contágio, e orientados para circuitos seguros de forma a garantir o cumprimento das orientações da Direção-Geral da Saúde, com o apoio sempre que necessário da PSP”.

“Por outro lado, foi também determinado o encerramento dos ‘lounges’ em todos os aeroportos. Estas medida insere-se num conjunto de outras que já estão a ser executadas para garantir a segurança de todos os que passam pelos aeroportos nacionais, nomeadamente: reforço do plano de limpeza das áreas comuns em todos os espaços de circulação e de espera (cadeiras, corrimões, superfícies, etc); reforço de dispensadores de gel desinfetante e a adequação dos produtos de limpeza; fixação e disponibilização de informação dirigida aos passageiros em todas as entradas no país, nos aeroportos da rede ANA; criação e/ou adequação de áreas de contenção, para utilização em caso de necessidade; elaboração de planos de resposta para ameaças à saúde pública, alinhados com as orientações da OMS e da DGS e por esta autoridade validados; comunicação e divulgação do plano aos demais ‘stakeholders’ que exercem atividades nos aeroportos”, esclarece o referido comunicado.

A ANA assegura ainda que está a acompanhar permanentemente os colaboradores que pela sua função têm um contacto mais próximo com terceiros, acrescentando que , no caso de a função o permitir, “foi decidida e implementada a promoção do teletrabalho”.

“A ANA continua a acompanhar a evolução da situação de forma permanente, em estreita ligação com as autoridades de saúde e a Autoridade Nacional da Aviação Civil. A ANA está totalmente empenhada em contribuir para o esforço nacional de mitigação dos riscos para melhor combater esta pandemia”, conclui o comunicado da gestora aeroportuária.

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