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Covid-19: Ministério do Ambiente quer valorizar a sustentabilidade na saída da pandemia

O ministro do Ambiente enviou uma carta a cerca de duas dezenas de personalidades portuguesa, desde gestores a professores universitários, para tentar perceber como se podem valorizar as questões da sustentabilidade ambiental no cenário pós-Covid-19.
8 Abril 2020, 17h41

João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, decidiu consultar cerca de duas dezenas de personalidades portuguesas para que se pronunciassem sobre o modo como podemos valorizar as questões da sustentabilidade ambiental na saída da crise provocada pelo Covid-19.

“Na missiva que lhes dirigiu, o Ministro nota que, “apesar dos constrangimentos imediatos, em que a ação do nosso e de outros países é proteger a vida dos seus concidadãos, há oportunidades na saída da crise”, refere um comunicado do Ministério do Ambiente, acrescentando que estas podem ser “oportunidades para mudarmos o nosso modo de vida e construirmos uma sociedade mais justa, mais equilibrada e mais sustentável”.

O referido comunicado adianta que entre as personalidades consultadas, contam-se especialistas na área dos resíduos, do abastecimento de água e saneamento, da energia, da biodiversidade e da mobilidade. Do lote de ‘experts’ fazem parte gestores, professores universitários, economistas, investigadores e ativistas ambientais.

Entre as personalidades inquiridas contam-se Carlos Pimenta, gestor; António Mexia, CEO da EDP; António Saraiva, presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal; José Manuel Viegas, professor universitário; Viriato Soromenho Marques, professor universitário e ambientalista; Ângelo Ramalho, Graça Martinho, professora universitária; CEO da Efacec; João Joanaz de Melo, professor universitário e ambientalista; Júlia Seixas, professora universitária; João Peças Lopes, diretor associado do INESC-TEC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência; José Sá Fernandes, vereador da Câmara Municipal de Lisboa; Jaime Melo Batista, investigador-coordenador do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil; Alfredo Marvão Pereira, professor universitário; Carlos Gomes da Silva, CEO da GALP; e Isabel Furtado, presidente da COTEC Portugal – Associação Empresarial.

Às diversas personalidades contactadas, o ministro do Ambiente pediu que os contributos fossem organizados em torno de três perguntas: 1) como olha para esta crise e quais são as ameaças e as oportunidades que identifica no domínio ambiental e da sustentabilidade?; 2) o que fazer para concretizar as oportunidades que identificou e de que forma a “economia verde” pode contribuir para a criação de riqueza e de bem-estar?; 3) quais lhe parecem ser os contributos necessários dos atores principais (Exemplo: ONU, líderes políticos europeus ou nacionais, responsáveis do setor financeiro, empresários…) e os recursos críticos que temos de alocar para o desenvolvimento de uma política ativa, que desenvolva e economia de forma a garantir que não ultrapassamos os limites dos sistemas naturais?

“Recebidos estes contributos, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática tem a intenção de os aproveitar para a estratégia a seguir e de os partilhar com a generalidade da sociedade portuguesa”, conclui o referido comunicado.

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