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Covid-19: NATO organiza espaço aéreo europeu para agilizar resposta à pandemia

Uma vídeoconferência dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO decidiu que a organização deve apoiar o transporte aéreo militar de material médico, revelou o secretário-geral, o sueco Jens Stoltenberg.
3 Abril 2020, 16h52

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO instruíram o principal comandante da organização, o general Tod Wolters, da Força Aérea dos Estados Unidos, para coordenar o apoio militar necessário para combater a crise do coronavírus e começar a usar vias rápidas no espaço aéreo da Europa para voos militares que transportam suprimentos médicos, adiantou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

Durante a reunião do conselho do Atlântico Norte via teleconferência, Jens Stoltenberg afirmou que “a NATO foi criada para lidar com crises. Para que possamos ajudar, a aliança está a desempenhar o seu papel”. O Secretário-Geral anunciou que convocaria uma reunião extraordinária de ministros da Defesa em abril para rever o apoio prestado aos aliados e tomar decisões sobre quaisquer outras etapas.

A Aliança já está a coordenar e apoiar os esforços nacionais contra a pandemia com ajuda logística, de transporte e médica. “Sou agradecido pelas novas ofertas de assistência que os aliados da NATO fizeram e pelo apoio substancial que já prestaram”, afirmou o secretário-geral, referindo-se ao transporte aéreo de suprimentos médicos, o envio de pessoal médico e o uso de tecnologias inovadoras.

Stoltenberg enfatizou que a principal tarefa da NATO continuava a ser a proteção dos quase mil milhões de pessoas que vivem em países que pertencem à NATO e que a sua capacidade de conduzir operações não foi comprometida.

A reunião – que decorreu esta quinta-feira, também se concentrou nas missões da NATO no Iraque e no Afeganistão e no apoio à Geórgia e à Ucrânia. No Iraque, o secretário-geral disse que a NATO realizaria algumas atividades adicionais, incluindo o treino de oficiais não-comissionados, engenheiros e polícia federal.

No Afeganistão, a organização continua os esforços para formar uma equipa inclusiva para as negociações inter-afegãs, exortando o Taliban e todos os atores políticos a desempenharem o seu papel. O que, refira-se, não tem sido fácil. Os Taliban não reconhecem no governo afegão legitimidade para as negociações.

Jens Stoltenberg não quis deixar de salientar que a reunião de ontem, a primeira alguma vez realizada por vídeoconferência, contou pela primeira vez com a presença da Macedónia do Norte, que a 27 de março passado se tornou o trigésimo membro da aliança.

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