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Covid-19. Número de infeções diminui em Israel devido a terceiras doses da vacina

Nos últimos 10 dias, o número de infetados tem vindo a diminuir entre a faixa etária com mais de 60 anos, o primeiro grupo de pessoas a receber a terceira dose em Israel.
24 Agosto 2021, 10h44

Menos de um mês após o início da campanha da terceira dose da vacina contra a Covid-19, Israel está começa a ver o impacto positivo desta decisão.

Nos últimos 10 dias, o número de infetados tem vindo a diminuir entre a faixa etária com mais de 60 anos, o primeiro grupo de pessoas a receber a terceira dose, segundo a “Reuters”.

A 30 de julho Israel começou a administrar a terceira dose da vacina Pfizer/BioNtech a pessoas com mais de 60 anos, tendo sido o primeiro país a fazê-lo. Entretanto, a elegibilidade foi estendida a pessoas com 40 anos ou mais, cuja segunda dose foi dada pelo menos cinco meses antes.

A taxa de propagação da doença entre pessoas vacinadas com 60 anos ou mais começou a cair continuamente por volta de 13 de agosto e reduziu para menos de um, indicando que cada pessoa infetada está transmite o vírus a menos de uma pessoa.

“Os números ainda são muito altos, mas o que mudou é que o aumento alto na taxa de infeções e casos graves diminuiu, assim como o ritmo de propagação da pandemia”, disse Eran Segal, especialista do Instituto Weizmann da Ciência. Depois de atingir uma das maiores taxas de infeção per capita do mundo neste mês, Israel continua a lutar para sair de um quarto surto sem impor outro confinamento que prejudicaria a economia.

Até agora cerca de um milhão da população de 9,3 milhões de Israel optou por não se vacinar e as crianças menores de 12 anos ainda não são elegíveis para as vacinas. Na semana passada, as autoridades de saúde admitiram uma diminuição do grau de imunidade entre pessoas com menos de 40 anos, embora relativamente poucos tenham ficado gravemente doentes.

A decisão de Israel surgiu depois de ser revelado que apesar de as vacinas continuarem a ser altamente eficazes na prevenção da doença o grau de imunidade reduz consoante o tempo. No entanto, não há consenso entre os cientistas de que uma terceira dose é necessária, e a Organização Mundial da Saúde apontou que mais pessoas do mundo deviam ser vacinadas com a primeira dose antes de se avançar com a administração da dose de reforço.

Além de Israel também a Rússia, EUA, Hungria, Républica Dominicana, Uruguai estão a aplicar a administração da terceira dose da vacina contra a Covid-19 como forma de travar a variante Delta.

Em Portugal tanto o Governo como a Task Force admitem existirem doses suficientes para aplicar reforços das vacinas, mas aguardam pela Agência Europeia do Medicamento (EMA). “Nesta fase, ainda não foi determinado se e quando será necessária uma dose de reforço para as vacinas covid-19”, adiantou a EMA à “Lusa”, na segunda-feira, 23 de agosto.

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