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Covid-19: PCP questiona o Governo sobre infetados ao serviço em Arcos de Valdevez

Segundo o PCP “no início da semana foi tornada pública a ocorrência de quatro casos confirmados da doença naquela instituição, sendo que uma utente morreu, na passada segunda-feira, no hospital de Santa Luzia em Viana do Castelo”.
3 Abril 2020, 20h47

O PCP informou hoje que vai questionar o Governo sobre a orientação dada ao lar de Santa Maria de Grade, em Arcos de Valdevez, “para manter ao serviço trabalhadores assintomáticos, mas com teste positivo ao novo coronavírus.

Em comunicado hoje enviado às redações, a Direção da Organização Regional de Viana do Castelo (DORVIC) do PCP afirmou que “os sinais de desorientação estratégica por parte da Direção-Geral da Saúde (DGS) e proteção civil de Arcos de Valdevez, em torno do surto epidémico no Lar Santa Maria de Grade assumem particular gravidade”.

“Segundo informação obtida pela DORVIC do PCP a Direção do lar do centro social e paroquial, que conta com 39 utentes e cerca de 20 funcionários está, em articulação com a delegada de saúde, a exigir que os trabalhadores diagnosticados como portadores assintomáticos do coronavírus SARS-CoV-2, continuem a trabalhar”, denuncia o partido.

Segundo o PCP “no início da semana foi tornada pública a ocorrência de quatro casos confirmados da doença naquela instituição, sendo que uma utente morreu, na passada segunda-feira, no hospital de Santa Luzia em Viana do Castelo”.

“No sentido de apurar quais as medidas em curso para lidar com a situação, nomeadamente a possibilidade de substituição de trabalhadores infetados, o eleito da CDU na Assembleia Municipal de Arcos de Valdevez, Romão Araújo, contactou hoje o presidente da Câmara Municipal e a delegada da saúde, sendo que o primeiro remeteu explicações para a delegada de saúde e esta, por sua vez confirmou que os infetados assintomáticos deveriam continuar a trabalhar, tomando as devidas precauções”.

Alem de anunciar que o seu grupo parlamentar na Assembleia da República irá questionar o Governo sobre a matéria, os comunistas do Alto Minho reafirmam que “na linha da frente das prioridades de resposta ao surto epidémico tem de estar a adoção de medidas de prevenção e de alargamento da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), visando o combate ao seu alastramento e a necessária resposta clínica”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 55 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 200 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 246 mortes, mais 37 do que na véspera (+17,7%), e 9.886 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 852 em relação a quinta-feira (+9,4%).

Dos infetados, 1.058 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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