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Covid-19: PSD quer desenhar já reforma da saúde pública e reestruturar SNS

Os social-democratas consideram que a pandemia da Covid-19 veio expor vários problemas e fragilidades, que devem ser analisados à lupa para que possa ser desenhada uma reforma que robusteça a capacidade de resposta dos hospitais nacionais.
  • Flickr/PSD
11 Novembro 2020, 12h47

O Partido Social Democrata (PSD) sugeriu esta quarta-feira que o país deve pensar, desde já, numa reforma da saúde pública em Portugal e a reestruturação do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os social-democratas consideram que a pandemia da Covid-19 veio expor vários problemas e fragilidades, que devem ser analisados à lupa para que possa ser desenhada uma reforma que robusteça a capacidade de resposta dos hospitais nacionais.

A criação de uma equipa multidisciplinar para pensar na reforma da saúde pública e na reestruturação do SNS foi uma das propostas apresentadas pelo PSD como vista a garantir o controlo e gestão da saúde em Portugal. Em conferência de imprensa, o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, Ricardo Baptista Leite, defendeu que, além das necessidades imediatas, é preciso pensar em medidas para o sistema de saúde a longo prazo.

A nível nacional, o Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD considera que devem ser constituídas, desde já, duas equipas multidisciplinares “cuja atividade e missão não devem ser interrompidas para responder às emergências do dia-a-dia da gestão da pandemia”. Uma dessas equipas deverá estar “focada no pós-pandemia para ultrapassar este momento difícil que o país atravessa no combate à Covid-19”.

“[Essa equipa deverá trabalhar] para sabermos quais são as grandes reformas da saúde pública e do sistema nacional de saúde que queremos fazer, olhando naturalmente para o SNS e para os desafios em que esta pandemia nos destacou e colocando uma lupa sobre as fragilidades da resposta da saúde em Portugal”, explicou Ricardo Baptista Leite.

A outra equipa que o PSD propõe criar deve “focar-se em exclusivo em preparar a segunda fase do inverno e primavera (depois de se controlar o número crescente de novas infeções)”. Para o efeito, o PSD sugere que se defina “de forma claro para as várias fases de contingência: quem faz o quê, quando, como e com que recursos” para que o país não volte a sofrer uma “terceira onda altamente descontrolada como a que estamos a viver”.

“Ao contrário daquilo que não se fez em março, é preciso que se faça agora um plano de ação claro para quando se levantarem as restrições, se saber como é que esse levantamento se vai fazer de modo a garantir a recuperação dos vários setores da economia e da sociedade para que todos tenham uma visão para onde vamos, ultrapassada esta fase mais difícil”, referiu o deputado Ricardo Baptista Leite.

O vice-presidente do PSD defendeu ainda que “o país não está preparado, neste momento, para responder à pandemia” e que “não está a fazer o suficiente” para combater a pandemia.

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