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Covid-19: São-Tomé alerta para risco de falências

O presidente da Associação Nacional do Turismo são-tomense alertou para que a crise provocada no setor pelo novo coronavírus pode levar à falência algumas empresas.
19 Março 2020, 22h30

O presidente da Associação Nacional do Turismo são-tomense alertou hoje que a crise provocada no setor pelo novo coronavírus pode levar à falência algumas empresas da área.0

“As empresas ligadas ao setor estão a atravessar um momento extremamente difícil, algumas delas já anunciaram encerramento provisório até que a situação se resolva, mas muitas delas ainda estão em situação de risco e podem mesmo estar numa situação de falência”, disse à imprensa Hamilton Cruz.

O responsável pediu hoje uma audiência ao primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus, para analisar a situação, tendo no final adiantado que a sua associação “está a acompanhar com muita preocupação todo o desenrolar da situação causada pelo coronavírus”.

“Nós vemos com muita preocupação, em primeiro lugar, a questão da segurança e da saúde pública. Estão em causa as nossas próprias vidas que têm que ser garantidas, mas obviamente essa situação pode afetar a economia do país (…), tem um embate muito forte no setor do turismo”, explicou.

Para o presidente da Associação Nacional do Turismo, o encerramento das fronteiras e a consequente interdição dos turistas em São Tomé “criam obstáculo sérios ao desenvolvimento do turismo no país”.

“Sem turistas não se pode fazer turismo”, disse Hamilton Cruz, que recorreu ao Governo para apresentar “algumas propostas” que a sua associação considera “fundamentais nesta fase de crise e possível pós-crise”.

“Nós recorremos ao Governo e queremos acompanhar de perto o evoluir da situação. Apresentámos algumas preocupação que nós achamos fundamentais nesta fase de crise e possível pós crise. O Governo está a analisar e mostrou toda a disponibilidades para colaborar”, sublinhou Hamilton Cruz.

O responsável não detalhou aos jornalistas as propostas apresentadas ao governo, mas adiantou que “são vários pontos que giram em torno de questões fiscais, laborais e de créditos”.

Instado a pronunciar-se sobre a eventualidade de as empresas despedirem trabalhadores, Hamilton Cruz explicou que “neste momento existem planos individuais de cada empresa e naturalmente, algumas delas passam por colocar os trabalhadores em férias, outras em situação de suspensão, mas ainda não existe um plano nacional com indicação clara daquilo que cada um deve fazer”.

Apesar de ainda não existirem casos de infeção pelo novo coronavírus no país, o Governo de São Tomé e Príncipe decidiu proibir a entrada de cidadãos estrangeiros, impor a quarentena a cidadãos nacionais ou estrangeiros residentes que regressem ao país e o fecho das escolas, entre outra medidas.

 

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