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Covid-19: sociedade desafia madeirenses e açorianos a contar aves a partir de casa

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves está a promover um censo de milhafres para recolher dados daquela espécie nos Açores, enquanto na Madeira promove a contagem de mantas.
8 Abril 2020, 12h36

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) quer os madeirenses e açorianos a contar milhafres e mantas, respetivamente, a partir de casa, para manter viva a recolha de dados sobre estas espécies.

As duas aves de rapina assumem especial importância no controlo de pragas de ratos nos dois arquipélagos.

O milhafre é uma ave que pode ser vista na maioria das ilhas do arquipélago dos Açores e apenas nas Flores e no Corvo não tem presença regular.

Anualmente, a SPEA organiza um censo de milhafres para recolher dados daquela espécie nos Açores, enquanto na Madeira promove a contagem de mantas.

“Pela primeira vez, este ano não poderá ser realizado nos moldes habituais”, explica a SPEA numa nota divulgada hoje, em que convida os residentes nos arquipélagos dos Açores e Madeira a contar milhafres ou mantas “a partir de casa, durante o mês de abril”, para manter vivo o censo que “vinha sendo desenvolvido há 14 anos”.

O XV Censo de Mantas (Buteo buteo harterti) na Madeira e de Milhafres (Buteo buteo rothschildi) nos Açores estava previsto para o fim de semana passado, mas foi cancelado, devido ao plano de contingência para evitar a propagação do covid-19.

Por este motivo, a SPEA convida a todos os colaboradores deste censo e novos interessados a contar durante o mês de abril estas aves “desde a sua janela, varanda ou jardim”.

A proposta é dedicar algum tempo, preferencialmente entre as 10:00 e as 14:00, a observar o céu e a contar os milhafres ou mantas que podem ser vistos a partir das residências.

Esta informação poderá ser enviada para a SPEA até 30 de abril, através da aplicação PortugalAves/eBird, por e-mail ou diretamente no evento da rede social Facebook criado para o efeito.

“Embora esta iniciativa não permita avaliar a tendência populacional da espécie este ano, uma vez que não será possível repetir a metodologia de anos anteriores, os dados recolhidos contribuirão para um melhor conhecimento da distribuição da espécie”, explica a entidade.

De acordo com a SPEA, “as mantas ou os milhafres são espécies emblemáticas dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, sendo os autênticos protagonistas do céu diurno no mês de abril e tendo um papel importante no controlo de pragas, como por exemplo os roedores”.

No caso dos Açores, o milhafre ou queimado é a única espécie de ave de rapina diurna que reside no arquipélago.

Na Madeira, além da manta, existem outras três espécies de rapina: o fura-bardos, o francelho e a coruja-das-torres.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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