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Universidade de Aveiro realiza testes de rastreio à Covid-19

Os primeiros rastreios começam esta segunda-feira, 30 de março, no Instituto de Biomedicina, unidade de investigação da UA equipada com laboratórios para estudo de vírus respiratórios.
30 Março 2020, 07h35

A Universidade de Aveiro (UA) vai ajudar a região onde está inserida e o país na luta contra a pandemia realizando a partir de hoje testes de rastreio à covid-19. O material biológico é recolhido nos hospitais da região e enviado para o Instituto de Biomedicina (iBiMED) onde será analisado.

A academia tem capacidade para realizar até 200 rastreios por dia ao material biológico recolhido nos estabelecimentos de saúde.

Nos últimos seis anos, a Universidade de Aveiro criou um conjunto de laboratórios de Medicina Molecular, entre os quais laboratórios para o estudo de vírus respiratórios, que, segundo Artur Silva, Vice-reitor da UA para a área da Investigação, “reúnem as condições recomendadas pela Organização Mundial de Saúde para a realização de testes de rastreio do SARS-CoV-2”.

Os testes serão realizados em quatro laboratórios com nível de biossegurança elevado (BSL2), com pressão negativa, ar filtrado com filtros HEPA, câmaras de fluxo laminar de nível de segurança BSL2 e sistemas de esterilização por UV.

“Estes laboratórios têm ainda um sistema de esterilização térmica de material biológico que garante a destruição dos consumíveis, reagentes e amostras biológicas usadas no laboratório”, salienta Artur Silva.

A UA garante tanto a biossegurança do processo como dos investigadores. “Como o vírus SARS-CoV-2 pode ser inativado quimicamente no momento da recolha das amostras biológicas nos hospitais da região, os equipamentos de processamento automático de amostras clínicas existentes nos laboratórios reduzem ao máximo a exposição dos investigadores… foi possível criar um circuito fechado para a circulação dos investigadores e de amostras clínicas e que existem kits de proteção dos investigadores”.

Estão reunidas na UA as condições ideais para ajudar a região na monitorização da covid-19, salienta o vice-reitor para a área da investigação.

De referir que a UA obteve recentemente um importante projeto da União Europeia no valor de 900 mil euros, na área da virologia, em parceria com as Universidade de Leiden e de Munique.

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