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Covid19: 274 pessoas resgatadas pelo ‘Ocean Viking’ vão desembarcar na Sicília e ficam em quarentena

Como precaução, “os migrantes serão mantidos em quarentena” na cidade siciliana de Pozzallo e os funcionários do navio isolados a bordo “pelo tempo que for necessário”, disse hoje em comunicado o Ministério da Administração Interna sem dar mais pormenores.
  • Getty Images
23 Fevereiro 2020, 14h50

As 274 pessoas resgatadas recentemente da costa da Líbia pelo navio de resgate oceânico ‘Ocean Viking’ vão desembarcar na Sicília, onde serão colocadas em quarentena, anunciaram hoje a ONG SOS Mediterranean e o Ministério da Administração Interna de Itália.

Como precaução, “os migrantes serão mantidos em quarentena” na cidade siciliana de Pozzallo e os funcionários do navio isolados a bordo “pelo tempo que for necessário”, disse hoje em comunicado o Ministério da Administração Interna sem dar mais pormenores.

As infeções pelo novo coronavírus em quatro regiões do norte de Itália elevam-se a 132, depois de realizadas análises a cerca de 3.000 pessoas com sintomas suspeitos, informou hoje o presidente da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli.

“Alívio a bordo do ‘Ocean Viking’ esta manhã, quando anunciamos aos sobreviventes – resgatados durante três operações separadas nesta semana – que a Itália acabou de lhes atribuir um lugar seguro”, escreveu no Twitter a ONG SOS Mediterranean, organização que fretou o navio em parceria com Médicos Sem Fronteiras.

“O navio está agora a caminho de Pozzallo, na Sicília, para o desembarque”, continua a ONG de Marselha.

Na manhã de terça-feira, o ‘Ocean Viking’ resgatou 84 pessoas que fugiam da Líbia e 98 outras no final do dia. No dia seguinte, o navio também resgatou 92 pessoas em perigo num barco insuflável.

O surto, que teve origem na China, já infetou mais de 78.000 pessoas em todo o mundo, segundo os números das autoridades de saúde dos cerca de 30 países afetados.

Em Itália, a maioria dos casos regista-se na Lombardia, com 89 infetados, seguida de Veneto, com 24 casos, dois dos quais na cidade de Veneza.

Em Piacenza, na região de Emilia Romanha, há nove casos confirmados, em Piemonte seis e na Lácio dois, neste caso turistas chineses.

Duas pessoas morreram pela infeção por Covid-19 em Itália, uma na região de Veneto e outra na da Lombardia.

O governo colocou em quarentena 11 cidades da Lombardia e de Veneto para tentar conter o surto, área que totaliza cerca de 52 mil habitantes.

O coronavírus Covid-19 surgiu em dezembro em Hubei, no centro da China, país onde estão registados, a nível continental, 76.936 casos, 2.442 dos quais mortais.

O segundo país mais afetado é o Japão, com 769 casos (três dos quais mortais), incluindo pelo menos 364 no cruzeiro ‘Diamond Princess’, onde no sábado foi detetada a infeção de um cidadãos português.

Segue-se a Coreia do Sul, com 556 casos, cinco dos quais mortais.

Itália surge em quarto lugar dos países e territórios com mais casos, registando 132 casos de infeção por Covid-19, dois deles mortais.

A lista prossegue com Singapura (89 casos), Hong Kong (69, dois mortais), Irão (43 casos, 8 mortais), Estados Unidos e Tailândia, ambos com 35 casos, Taiwan (26 casos, uma morte),Austrália (23), Malásia (22), Alemanha e Vietname, (16 cada um), França (12, um mortal), Emirados Árabes Unidos (11), Macau (10).

Abaixo dos dez casos registados surgem o Reino Unido e o Canadá com 9, Filipinas e Índia com 3, Rússia e Espanha com 2 e Líbano, Israel, Bélgica, Nepal, Sri Lanka, Suécia, Camboja, Finlândia e Egito com um caso cada.

 

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