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CPI à CGD: PCP diz que “houve um desvio claro” da missão do banco público

O deputado do PCP Paulo Sá considerou hoje que houve “um desvio claro da CGD da sua missão como banco público”, e que a responsabilidade disso deve ser repartida pelos vários gestores do banco e pela tutela. “Houve um desvio claro da Caixa Geral de Depósitos [CGD] da sua missão como banco público. Isto é, […]
15 Julho 2019, 15h15

O deputado do PCP Paulo Sá considerou hoje que houve “um desvio claro da CGD da sua missão como banco público”, e que a responsabilidade disso deve ser repartida pelos vários gestores do banco e pela tutela.

“Houve um desvio claro da Caixa Geral de Depósitos [CGD] da sua missão como banco público. Isto é, em primeiro lugar, responsabilidade ds gestores, mas também dos vários governos que perante estes desvios deviam ter intervindo”, considerou Paulo Sá na sua intervenção após a apresentação do relatório preliminar da segunda comissão parlamentar de inquérito à gestão e recapitalização da CGD.

De acordo com o deputado, os vários governos deviam ter atuado no sentido de “corrigir o rumo da gestão da Caixa”, e “no caso de não ser possível substituir gestores, nomear novos que assegurassem que a Caixa era gerida como banco público”.

Paulo Sá disse ainda que se tornou “evidente que não houve um acompanhamento minimamente adequado por parte dos sucessivos ministérios das Finanças do que se ia passando na Caixa Geral de Depósitos”.

O deputado comunista considerou ainda que a nomeação dos gestores do banco público “não era feita com critérios de competência, de conhecimento da área financeira, mas muitas vezes com critérios quase partidários”.

“Isto também é responsabilidade dos partidos que nomeavam com base nesses critérios e não com base nos critérios de qualidade e capacidade”, referiu o parlamentar do PCP.

Paulo Sá considerou ainda a supervisão do Banco de Portugal como “distante”, “sonolenta” e “sem qualquer eficácia”.

Relativamente à posição do partido face às conclusões do relatório, o deputado disse que “entre hoje e amanhã [terça-feira]” o lerá “com principal incidência nas conclusões e recomendações”, e que só depois o partido irá “fazer a avaliação” do documento redigido por João Almeida (CDS-PP).

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