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Crédito Agrícola lucra 112,5 milhões em 2018

O banco aumentou em 8,8% o crédito a empresas. O lucro caiu 26% face a 2017.
26 Março 2019, 15h21

O Crédito Agrícola gerou lucros de 112,5 milhões o que equivale a um ROE de 7,42%.

O resultado líquido caiu 26% devido às receitas extraordinárias em 2017 com a venda de carteira de dívida pública e operações de tesouraria.

O resultado de operações financeiras caiu de 113,3 milhões para 24,6 milhões num ano e isso afetou o produto bancário que caiu 58,1 milhões para 474,6 milhões. Mas o grupo apresentou este indicador de forma recorrente, sem as receitas one-off de 2017.

Estes resultados são assim devidos a uma subida de 8,3% do produto bancário recorrente (37,3 milhões) para 486,2 milhões em 2018.

A margem financeira subiu 15,6 milhões para 305,3 milhões de euros; as comissões líquidas subiram 4,3 milhões para 152,4 milhões e outros resultados caíram 78 milhões para 16,8 milhões, diz a Caixa.

O negócio segurador contribuiu com 9,4 milhões de euros para o resultado consolidado.

Os custos de estrutura subiram 10,2 milhões para 327 milhões no ano e isso agravou o rácio de eficiência que subiu de 59% em 2017 para 79% em 2018.

O banco liderado por Licínio Pina realçou uma melhoria dos indicadores de risco com um rácio de NPL (malparado) de 10,4%, melhor 4,8 pontos percentuais do que em 2017. O nível de cobertura por imparidades de 44% e uma redução de 13,5% na exposição ao Imobiliário explicam a melhoria da qualidade dos ativos.

A carteira de crédito bruta a clientes ascendeu a 10 mil milhões, o que traduz uma subida de 5,6% face a 2017, “em contraciclo com o sistema bancário (-1,6% segundo dados do Banco de Portugal)”.

O banco realça o segmento de empresas que teve um aumento de 8,8%, passando de 5,4 mil milhões para 5,9 mil milhões o que se traduziu num reforço da quota de mercado para 8,4% neste segmento.

O crédito concedido ao setor agrícola e ao setor social aumentou 14,2% e 1,3%, respectivamente.

Os recursos de clientes aumentaram 1.011 milhões de euros, ou seja 6,8% face ao ano anterior. Sendo que os depósitos subiram de 12,6 mil milhões para 13,9 mil milhões num ano.

O banco apresenta um rácio de solvabilidade CET1 de 15,2% na versão “fully  loaded”, subindo face a 2017.

Questionado a Caixa sobre o requisito em termos de Pilar 2 exigido pelo regulador em função da carteira de crédito específica de cada banco, o Crédito Agrícola disse que se manteve face ao ano passado, mas recusou avançar o rácio exigido pelo supervisor.

Licínio Pina vai se recandidatar para um novo mandato de 3 anos no próximo dia 25 de maio. Mas oficialmente a  lista que se vai recandidatar à liderança da instituição ainda não foi entregue ao Banco de Portugal, para o tradicional processo de fit & proper.

Questionado sobre a investigação do BdP às denúncias feitas, o conselho de administração da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (CCCAM), disse que é um caso resolvido. “Caso contrário não estaríamos a recandidatar-nos a novo mandato”,

(atualizada)

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