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Crédito vencido disparou 522% entre 2007 e 2015 e é um entrave ao crescimento do investimento nas empresas

Em 2007, o crédito vencido era de 1.487 milhões de euros e disparou 522% até atingir o pico em 2015, ascendendo aos 12.537 milhões. António Ramalho disse que enquanto o crédito vencido se mantiver muito elevado, será difícil para a banca financiar investimento nas empresas.
  • Cristina Bernardo
17 Janeiro 2019, 10h46

O crédito vencido tem sido um entrave ao crescimento do investimento nas empresas portuguesas e, desde 2007, tem vindo a avolumar-se, explicou o CEO do Novo Banco, António Ramalho, na função de keynote speaker da sessão de abertura do Fórum Capitalizar, promovido em conjunto pelo banco e pelo Jornal Económico, realizado esta quinta-feira, no Museu do Oriente, em Lisboa.

O CEO do Novo Banco, que disse dedicar “62% do seu tempo a pensar nas empresas portuguesas”, frisou o obstáculo que o crédito vencido constitui ao crescimento do investimento nas empresas. Em 2007, o crédito vencido era de 1.487 milhões de euros, atingindo o pico em 2015, quando subiu para 12.537 milhões. Embora tenha caído, em 2016, para 11.563 milhões e para 9.256 milhões em 2017, o presidente executivo do Novo Banco frisou que, apesar da queda, crédito vencido continua a ter um nível muito elevado – o que retrai a banca na aprovação de projetos de investimento.

O crédito total concedido a empresas, em Portugal, caiu 28% entre 2007 e 2017, mas o crédito a mais de cinco anos apresentou um crescimento de 16% no mesmo período, enquanto o crédito de mais curto-prazo caiu 51,8%. O crédito vencido cresceu 522%, tendo atingido o seu pico em 2015, explicou o CEO do Novo Banco.

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