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Credores da Brisal exigem 326 milhões de euros e ameaçam ficar com concessão da A17

Credores exigem 326 milhões à Brisal e uma redução do ‘fee’ anual de 12 milhões que a Brisa recebe pela manutenção da A17. Estado terá de validar ‘step in’. Brisa rejeita estratégia dos fundos – que pretendem retorno de 269% – e quer acordo que garanta viabilidade económica da concessão.
8 Março 2019, 07h50

Os credores da Brisal, subsidiária da Brisa que detém a concessão da A17, admitem pedir autorização ao Estado para assumirem o controlo desta concessão, à semelhança do que já foi feito na Auto-Estradas do Douro Litoral (AEDL), apurou o Jornal Económico. Este será o caminho escolhido se não for possível um acordo com o grupo liderado por Vasco de Mello.

O grupo de credores da Brisal é constituído pelo Deutsche Bank, JP Morgan e os fundos SVP Global e Cross Ocean, entidades que estão também na guerra em torno da dívida da AEDL. Estes investidores compraram a dívida de 592 milhões de euros que a Brisal tinha para com vários bancos, com um desconto de 79,9%, o que significa que pagaram 121 milhões de euros. Ao que o Jornal Económico apurou, propõem à Brisal um desconto de 45% sobre a dívida inicial, o que representa um encaixe de 326 milhões de euros. O mesmo é dizer que esperam um retorno de 269% sobre o montante investido.

Além disso, os credores exigem uma redução significativa do fee anual de 12 milhões de euros que a Brisa recebe como contrapartida da manutenção da autoestrada gerida pela Brisal, que liga a Marinha Grande a Mira, numa extensão de 92,7 quilómetros. “É com este valor anual relativo à manutenção que a Brisa ganha dinheiro com a concessão.É um valor superior aos que são praticados em concessões no estrangeiro, o que pode ser entendido como uma forma de dividendo encapotado”, disse ao Jornal Económico uma fonte próxima das negociações, que pediu para não ser identificada.

 

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