A economia da zona euro deverá crescer 1% em 2020, menos duas décimas do que o estimado para este ano, mas recuperar para 1,3% em 2021. As projeções são do Bankinter, incluídas na estratégia de investimento para o primeiro trimestre do novo ano.
“Os avanços no emprego e nos salários, em conjunto com o impacto positivo dos estímulos monetários e o apoio dos estímulos fiscais, deverão permitir esta recuperação da procura interna”, explica o banco na nota de research, acrescentando que “o setor externo terá um contributo mais positivo, devido ao maior crescimento global”.
Os analistas do Bankinter sustentam que a zona euro “está presa às taxas baixas de crescimento estrutural”, justificando que o baixo crescimento da população e ganhos pouco expressivos da produtividade tem um impacto negativo no potencial da procura interna.
“E, ainda, numa economia tão exposta, a desaceleração global e as disputas comerciais têm um impacto significativo na atividade económica”, apontam.
BCE deverá manter política acomodatícia
Os analistas antecipam que não deverão existir alterações na política monetária no próximo ano, com as taxas de juro directoras a manterem-se inalteradas. No entanto, esperam que a economia da zona euro recupere, traduzindo-se na retirada de “estímulos pontual”.
“A taxa de depósito poderá aumentar até -0,20% e a compra de ativos (APP) poderá ser progressivamente reduzida durante o ano. A taxa de referência deverá manter-se em 0% durante 2020 e 2021”, referem.
Consideram ainda que os membros mais hawkish do Conselho de Governo “tentarão influenciar o BCE para que este abandone as taxas de juro negativas o mais cedo possível”, mas a inflação abaixo da meta do banco central deverá impedir “alterações significativas neste sentido”.
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