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Crescimento desordenado de camas na Madeira preocupa diretor executivo do Savoy

A preocupação foi manifestado durante o Fórum do Turismo um iniciativa que juntou investigadores e empresas ligadas à área turística.
17 Janeiro 2019, 16h02

Durante a primeira edição do Fórum de Turismo, Bruno Freitas, diretor executivo do Savoy Hotels & Resorts, alertou para o crescimento desordenado de camas na Madeira, devido ao aumento da oferta e a diminuição da procura. Esta foi uma das preocupações levantadas nesta iniciativa que se realizou esta quinta-feira, no colégio dos Jesuítas, organizado pela Universidade da Madeira, sentou na mesma mesa investigadores do Centro de Investigação e Turismo da Madeira (CiTur) e empresas ligadas à área turística, nomeadamente na hotelaria.

Os investigadores apresentaram resultados de estudos que estão a ser realizados, quer no âmbito da monitorização ao nível do ambiente relativamente aos percursos, quer sobre as contingências do problema do aeroporto na hotelaria.

João Prudente, membro do Conselho Científico do CiTur e Presidente da Escola Superior de Tecnologias e Gestão, diz que este encontro é benéfico na medida em que “permite uma interação entre os investigadores e os stakeholders (empresas) de modo a desenvolver o futuro das atividades, no sentido de auscultá-los e conduzir as investigações para dar resposta àquilo que são as necessidades e os problemas que eles têm”.

Uma das questões colocadas em debate lançada por Bruno Freitas, Diretor Executivo do Savoy Hotel & Resorts, é o facto de haver um crescimento desordenado na disponibilidade de camas, através do aumento da oferta e a diminuição da procura.

André Barreto, gestor hoteleiro e economista, depois de terem sido apresentados dados que identificam a procura turística em 2018 integrando e sem integrar o alojamento local, diz que “já não faz sentido (em termos de investigação) estar a diferenciar o alojamento local da hotelaria”. O Presidente da Mesa de Agentes de Viagem da ACIF (Associação Comercial e Industrial do Funchal), Gabriel Gonçalves, partilha da mesma visão, isto porque acredita que o alojamento local surge num cenário em que o turista queria “ir de férias sentindo-se em casa”, com a “possibilidade de receber visitas”, uma coisa que os hotéis não oferecem.

Gabriel Gonçalves refere ainda uma mudança de paradigma no comportamento do cliente, que já não é afeto apenas a um hotel, comparando este comportamento a um casamento, mas que agora tem um leque de 50 possibilidades e contacta aquele que lhe é mais favorável.

As conclusões do Fórum prendem-se com a urgência em acompanhar as necessidades dos turistas e também de distinguir o produto da Madeira, por exemplo através do vinho e da gastronomia.

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