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Crescimento do turismo em Lisboa vai abrandar este ano

O relatório sobre o orçamento e plano de atividades da ATL – Associação Turismo de Lisboa para 2019, prevê para este ano 11,561 milhões de dormidas de turistas estrangeiros e proveitos globais da hotelaria de cerca de 1.234 milhões de euros na região de Lisboa.
18 Fevereiro 2019, 07h43

O turismo em Lisboa continua a crescer, mas a tendência de abrandamento, já detetável nas estimativas para 2018, deverá prolongar-se durante este ano.

De acordo com o Orçamento e Plano de Atividades para 2019 da Associação Turismo de Lisboa (ATL), a que o Jornal Económico teve acesso, no ano passado, deverão ter-se registado 11,391 milhões de dormidas no setor da hotelaria da região de Lisboa. A confirmar-se esse valor, esse desempenho significa um aumento de 1,34% face aos números verificados em 2017, 11,240 milhões de dormidas de turistas estrangeiros na região da capital (mais 151 mil dormidas face a 2017).

Para este ano, a ATL prevê que ocorra um total de 11,561 milhões de dormidas de turistas estrangeiros na região de Lisboa. Se se concretizar esta previsão, tal significará um aumento de cerca de 1,5% face às estimativas para 2018, uma subida de 170 mil dormidas face ao previsto para o ano passado.

Já no que respeita a proveitos globais da hotelaria da região de Lisboa, o documento em causa estima que tenham ascendido em 2018 a um montante de 1.175 milhões de euros. Se se confirmarem estes valores, isso representa um crescimento de 10,1% em comparação com o ano precedente, mais cerca de 108 milhões de euros de receitas.

Para o presente ano, a ATL prevê proveitos cerca de 1.234 milhões de euros no setor hoteleiro da região da capital, o que traduziria um crescimento de cerca de 5%, ou seja, mais 58,7 milhões de euros.

Apesar do abrandamento do ritmo de crescimento, em particular das receitas do setor turístico na região de Lisboa, tem em curso diversos projetos para fomentar este segmento de atividade durante o presente ano.

As receitas previstas pela ATL para o orçamento de 2019 apontam para um valor próximo dos 55 milhões de euros. 

“As verbas provenientes do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa [FDTL, com um peso previsto de 35%] destinam-se a financiar vários projetos, designadamente, o remate do Palácio da Ajuda e exposição permanente das Joias da Coroa, a Estação Sul e Sueste, o Museu Judaico e os sanitários de apoio ao turismo”, garante o referido relatório da ATL.

O mesmo documento adianta que “os dois primeiros projetos acima referenciados terão uma implementação significativa em 2019, uma vez que estarão em plena execução as empreitadas principais”.

A ATL acrescenta que, ainda no âmbito do FDTL, estão incluídos investimentos na promoção turística no valor de 500 mil euros e um apoio aso ‘fee’ da Web Summit no valor de três milhões de euros.

“No capítulo das receitas de atividades próprias está prevista uma verba de cerca de 17 milhões de euros, que inclui rendas, cedências de espaços, exploração de produtos e de equipamentos. As rendas incluem as concessões do Terreiro do Paço (ala nascente e poente), da Zona Ribeirinha e outras, como o Lisboa Camping, o Mercado da Ribeira e o Canal Lisboa. Prevê-se ainda que nos últimos dois meses do ano entre em funcionamento a estação Sul e Sueste, na qual haverá duas concessões”, revela o referido relatório da TL.

As receitas de cedências temporárias de espaços referem-se ao Pátio da Galé, Sala do Risco e Pavilhão Carlos Lopes.

As receitas de produtos e equipamentos incluem o ‘Lisboa Card’ e as receitas dos equipamentos Lisboa Story Center, Arco da Rua Augusta, Mitos & Lendas de Sintra, Pilar 7 e Estação Sul e Sueste, este ainda apenas no que se refere à actividade marítimo-turística.

“A receita orçamentada proveniente do Turismo de Portugal refere-se a financiamento do contrato para o plano regional de promoção turística externa e às comparticipações resultantes das candidaturas ao ‘Programa de Apoio à Captação e Realização de Congressos e Eventos Corporativos e Associativos”, adianta o referido documento.

Por seu turno, “o financiamento de privados, no montante de cerca de 2,7 milhões de euros, inclui as quotizações, as contribuições das empresas para o Plano e Comercialização e Vendas e para o patrocínio para o ‘Peixe em Lisboa'”.

Estão previstas ainda receitas de 2,7 milhões de euros por parte da Câmara Municipal de Lisboa, mais 2,3 milhões de euros da própria ATL, além de outras receitas provenientes da ERT-TL – Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, que decorrem do acordo de cooperação entre as duas entidades e do protocolo para a promoção turística externa.

“As verbas do jogo, no montante de cerca de 2,1 milhões de euros, consistem nas contrapartidas do Casino de Lisboa e incluem o financiamento do plano de animação, promoção e obras através de contrapartidas anuais”, adianta o documento da ATL.

O relatório relativo orçamento e plano de atividades para 2019, “finalmente, estão previstas outras fontes de financiamento, no montante de cerca de 4,8 milhões de euros, incluindo o apoio de patrocinadores para a construção do Museu Judaico e a comparticipação do Ministério da Cultura/DGPC [Direção Geral do Património Cultural] para o financiamento do projeto de remate do Palácio da Ajuda e exposição permanente das Joias da Coroa”

 

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