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Crescimento e dívida revistos em baixa, défice em alta: já são conhecidos os grandes números do Programa de Estabilidade

O impacto da pandemia no primeiro trimestre de 2021 obrigou a revisões nas previsões feitas no documento do OE2021 para vários indicadores chave da economia nacional. Destaque para o retorno aos níveis pré-Covid de dívida em 2024 e para a queda da meta de 2022 para um défice nos 3%.
  • Tiago Petinga/Lusa
15 Abril 2021, 18h03

Já são conhecidos os grandes números do Programa de Estabilidade 2021-2025, no qual o Governo revê em baixa o crescimento para este ano, ao mesmo tempo que sobe ligeiramente as previsões relativas ao défice. O documento reflete o impacto da situação pandémica no primeiro trimestre na economia nacional, face ao confinamento generalizado que afetou fortemente a atividade.

Com um crescimento revisto em baixa para os 4%, menos 1,4 pontos percentuais (p.p.) do que os 5,4% inicialmente apontados, o Governo reconhece o rombo que teve a Covid-19 e as restrições a que obrigou nas expectativas para a performance económica portuguesa em 2021. Ainda assim, para 2022 a previsão é de 4,9% de crescimento, o que coloca a expectativa do executivo num crescimento combinado de 9,1% durante estes dois anos.

Para tal, João Leão aponta para dois motores principais: exportações e investimento público. As primeiras deverão crescer 7,9% em 2022, enquanto que o investimento aumentará em 8% nesse mesmo período.

Este crescimento deverá ainda resultar numa recuperação do emprego em 1,1% em 2022, o que colocará a taxa de desemprego em 6,7% no próximo ano. Para 2021 está prevista uma subida deste indicador até aos 7,3%, depois de se ter ficado pelos 6,8% em 2020.

Nos anos seguintes, a expectativa é que a taxa de desemprego continue a descer até aos 5,8% em 2025.

Já no que toca a défice e dívida públicas, estes irão subir este ano, ainda que com diferenciais opostos relativamente ao inicialmente esperado.

Para o défice, a previsão de 4,3% expressa no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) é agora revista em alta para 4,5%, sendo que cai a meta de atingir os 3% em 2022, ano no qual o documento conhecido esta quinta-feira aponta para 3,2%.

Já a dívida irá crescer em 2021, mas abaixo do inicialmente previsto. Os 130,9% do PIB que figuravam no OE2021 são agora revistos para 128%, com o ministro das Finanças a apontar para 2024 como o ano do retorno aos níveis pré-pandemia para este indicador.

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