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Crescimento económico não reduz a pobreza na Madeira, afirma PCP

O Partido Comunista quer ainda ver alargado o subsídio de insularidade a todos os trabalhadores da Região Autónoma da Madeira, e não apenas aos funcionários públicos, bem como exige que o Governo Regional garanta o complemento regional para reformados e pensionistas, com rendimentos abaixo do salário mínimo nacional.
18 Junho 2019, 14h40

O Partido Comunista disse esta terça-feira, durante o Debate Potestativo, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, que o crescimento económico, que já se verifica há mais de 68 meses consecutivos, não tem efeitos na redução da pobreza.

“Os dados estatísticos mais recentes demonstram que na Madeira existe um aumento exponencial do risco de pobreza”, afirma o deputado do PCP, Ricardo Lume.

O comunista diz que em 2017 havia 27,6% dos madeirenses e portosantenses wm risco de pobreza, e que em 2018 o número aumentou para 31,9%.

Ricardo Lume diz que não percebe “como é que é possível uma Região que apresenta índices de crescimento económico acima da média nacional e que é a terceira região do país com maior PIB per capita, aumentar o risco de pobreza em 4,3%, enquanto a média nacional reduz 1,7%”.

O deputado do PCP mostra ainda que o salário médio na Madeira diminuiu entre o primeiro trimestre de 2018, em que era de 812,4 euros, e o primeiro trimestre de 2019, de 796,5 euros. “Ou seja, no ano em que a economia cresceu 2,3%, o salário médio reduziu 1,9%”.

Além desta questão, os vínculos laborais precários, segundo Ricardo Lume, também estão a aumentar. O comunista diz que esta é uma forma de o Governo Regional “camuflar” os dados reais do desemprego.

O Partido Comunista quer ainda ver alargado o subsídio de insularidade a todos os trabalhadores da Região Autónoma da Madeira, e não apenas aos funcionários públicos, bem como exige que o Governo Regional garanta o complemento regional para reformados e pensionistas, com rendimentos abaixo do salário mínimo nacional.

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