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Criar uma startup em 2021? Atenção às “potenciais armadilhas”, alerta investidor norte-americano

“É fantástico que as duas vacinas experimentais Moderna e Pfizer mostrem resultados de eficácia superiores a 95%. Acho é que devemos ser um bocadinho conservadores sobre quanto é que isso vai afetar os negócios, as economias”, argumentou Geoff Ralston.
4 Dezembro 2020, 20h27

O presidente da aceleradora norte-americana Y Combinator, uma das mais conceituadas do mundo, disse esta sexta-feira na Web Summit que as startups em early stage (fase inicial) não se devem preocupar “muito” com alterações de planos de investimento ou recrutamento só porque as notícias dão conta de que as vacinas contra a Covid-19 estão prestes a chegar.

“É fantástico que as duas vacinas experimentais Moderna e Pfizer mostrem resultados de eficácia superiores a 95%. Acho é que devemos ser um bocadinho conservadores sobre quanto é que isso vai afetar os negócios, as economias, quantas pessoas é que irão receber a vacina, como é que irão ser distribuídas”, argumentou Geoff Ralston no último dia da cimeira tecnológica.

“O que é que será 2021? Uma resposta aberta. É muito difícil para alguém responder. Portanto, criar uma startup neste ambiente, acho que se deve ser apenas um bocadinho mais atento às potenciais armadilhas”, referiu o ex-executivo da Yahoo. No entanto, assegurou estar “otimista de que o mundo estará num ambiente completamente diferente no final do próximo ano”.

A seu ver, a receita é sempre a melhor métrica na hora de os empreendedores medirem a performance da sua startup – apesar de não ser o único indicador. “Depende da startup, daquilo que está a tentar construir, qual acreditam ser o apetite de capital de risco para financiar crescimento sem receita”, ressalvou o investidor, no painel “Essential startup advice during a pandemic”, moderado por Alex Wilhelm, da TechCrunch.

O gestor da Y Combinator, que presta consultoria e investe em empresas em fase inicial, garantiu que quantidade de criatividade e inovação que veem nas inscrições que lhes chegam não muda muito consoante a região. “Com certeza que existem algumas tendências em termos de futuro do trabalho, modelos SaaS aplicados em coisas que talvez numa ou noutra geografia ainda não tenham sido aplicadas. É inteligente olhar para o que funciona numa economia como os Estados Unidos e dizer «nós podemos fazer isso na Índia», mas isso não vemos inovação local, de mercados locais”, garantiu Geoff Ralston.

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