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Criaram-se menos meio milhão de empregos nos EUA do que foi anunciado

Segundo este relatório do Departamento de Estatísticas do Trabalho, estes inexistentes meio milhão de empregos (excetuando emprego no setor agrícola) eram principalmente 175 mil no setor do lazer e turismo.
22 Agosto 2019, 16h05

A administração Trump anunciou esta quarta-feira que a economia americana afinal criou menos 501 mil empregos do que tinha sido anunciado durante 2018 e o primeiro trimestre de 2019, aparentemente a maior revisão dos dados económicos desde 2009, ano da grande recessão. Os dados finais serão lançados em fevereiro de 2020.

Segundo este relatório do Departamento de Estatísticas do Trabalho, estes inexistentes meio milhão de empregos (excetuando emprego no setor agrícola) eram principalmente 175 mil no setor do lazer e turismo, 163 mil em serviços empresariais e profissionais e 146 mil postos de trabalho no retalho. Houve ganhos em algumas indústrias como o ganho de 33 mil empregos na área de informação e média e 20 mil no setor financeiro.

Grego Daco, economista da empresa de análises de mercado Oxford Economics, escreveu no Twitter que era a maior revisão em dez anos e prevê desaceleração do crescimento do emprego nos meses seguintes.

Estes dados revelam também que o crescimento mensal dos empregos foi de 170 mil em 2018, em vez dos 210 mil estimados inicialmente, de acordo com a JPMorgan Chase.

Esta análise federal vem num momento em que a guerra comercial e o pessimismo económico crescem e a economia americana parece desacelerar, depois de ter crescido 2,9% com ajuda dos cortes de impostos e o salário médio por hora 3% em 2018 sendo o desemprego atual 3,7% e 63% a taxa de atividade. A bolsa americana parece ter sido pouco afetada e está em alta no início da sessão desta quinta-feira.

Os Estados Unidos criaram 224 mil empregos em junho, segundo dados publicados no início de julho, um número muito acima dos 160 mil que eram esperados pelos economistas, e dos 75 mil que foram criados no mês de maio.

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