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Crimeia: Seis anos depois da anexação russa, tensão regressa à península

O incidente no estreito de Kerch fez renascer velhas feridas na península da Crimeia. A Rússia vai mobilizar novas tropas para a região, como resposta à “provocação” ucraniana de invadir as suas águas territoriais. Do lado ocidental, a Ucrânia prepara-se também para responder a uma eventual ofensiva. A tensão está ao nível de 2014, quando a Crimeia foi anexada pelo regime russo.
1 Dezembro 2018, 14h45

Se as relações entre a Ucrânia e a Rússia já estavam tremidas, então o incidente ocorrido no último fim de semana no estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov, veio agitar ainda mais as águas. A Rússia acusa o país vizinho de “provocação”, ao violar as regras marítimas internacionais, e anunciou que vai reforçar os mecanismos de defesa junto à fronteira. A chegada de novas tropas russas à península da Crimeia está a alarmar a Ucrânia e os seus aliados ocidentais, que temem que a guerra de palavras entre os dois países venha a reavivar velhas tensões na região e incentivar novas ambições expansionistas por parte da Rússia.

O presidente russo, Vladimir Putin, tem ignorado os pedidos internacionais para que sejam libertados os três navios da marinha ucraniana – duas pequenas lanchas blindadas e um rebocador – e os 24 tripulantes  que foram capturados pela guarda costeira da marinha de guerra da Rússia no passado domingo. O serviço de segurança russo FSB defende que o incidente foi provocado pelos navios ucranianos, que ignoraram os avisos da guarda costeira e entraram em águas territoriais alheias. No entanto, a Ucrânia garante que os seus navios estavam em águas neutrais e que, em momento algum, foram violadas as leis internacionais. A esta “invasão” da Ucrânia, a guarda costeira russa respondeu com vários disparos, que deixaram três tripulantes feridos.

 

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