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Crise política em Israel: Gantz também falhou coligação governamental

Depois de Benjamin Netanyahu, foi agora a vez de Benjamin Gantz não conseguir agregar em seu redor os votos necessários no Knesset. Novas eleições são o cenário mais provável.
21 Novembro 2019, 07h41

O líder de Kahol Lavan, Benjamin Gantz, anunciou que não conseguiu estabelecer uma coligação em torno do seu projeto de governo, horas antes de expirar o prazo de negociações que lhe havia sido concedido pelo presidente do país, Reuven Rivlin.

Gantz mergulha assim o ambiente político de Israel numa incerteza ainda maior que aquela que existia antes das eleições de setembro, aumentando as evidência de um terceiro ciclo eleitoral dentro de um ano.

Após duas rondas fracassadas de negociações e de tentativa de unidade face a um projeto político, a primeira liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu imediatamente após a eleição de 17 de setembro e a segunda por Gantz, qualquer membro do Knesset com o apoio de pelo menos 61 parlamentares pode ser encarregado de formar uma coligação. Os deputados têm 21 dias para nomear um candidato – mas essa é apenas a lei: ninguém deverá surgir como candidato a agregar uma terceira derrota num campo onde um político de longa data como Netanyahu ou o vencedor das eleições, Gantz, fracassaram. Esta é a primeira vez na curta história de Israel que dois candidatos não conseguiram formar uma coligação.

Ontem, Avigdor Lieberman, visto como o ‘fiel da balança’ nas negociações, disse que não apoiaria nenhum tipo de governo minoritário, seja apoiado pelos partidos árabes ou um estreito com o bloco de direita de 55 assentos no Knesset, como queria Benjamin Netanyahu.

Lieberman culpou Netanyahu e Gantz pelo impasse político, dizendo que os dois homens se recusaram a sair das suas posições por motivos pessoais. Lieberman apoio desde o início um governo de coligação entre ambos, mas as divergências – algumas delas realmente pessoal – impediram essa solução, em que quase mais ninguém acreditava.

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