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Cristina Fonseca: “Davos é uma ótima oportunidade para reunir com investidores”

A cofundadora da Talkdesk e ‘venture partner’ na Indico Capital Partners diz ao Jornal Económico que esta é uma forma de se “perceberem tendências” das empresas e dos governos em todo o mundo.
24 Janeiro 2019, 07h35

Quais os objetivos da sua participação na Cimeira de Davos este ano? Está relacionada com a Indico?

A participação numa conferência deste âmbito está sempre obviamente relacionada com a Indico e a natureza do trabalho que desenvolvemos muito focada em inovação. Temos inclusivamente investidores do fundo que conhecemos em Davos e é uma ótima oportunidade para reunir com esses e outros potenciais investidores. Por outro lado, é uma conferência em que a convergência do contexto político, económico e tecnológico é muito vincada e é uma ótima forma de se perceberem tendências, preocupações, e onde estão a ser feitos maiores investimentos por parte das empresas e os governos. É sem dúvida muito relevante para quem trabalha com os próximos líderes tecnológicos a nível global.

Qual a sua opinião sobre o tema deste ano: “Globalização 4.0”?

É um tema bastante genérico mas que, destilado, está relacionado com o que se tem vindo a discutir em Davos já há alguns anos: a convergência da quarta revolução industrial com a sociedade, nomeadamente o impacto da tecnologia e das tensões políticas mais recentes. Vir a Davos é um ótimo barómetro das preocupações sociais do momento: sempre me lembro da quarta revolução industrial ser um grande tópico mas, por exemplo, há três anos atrás, havia muitos eventos com foco em inteligência artificial (IA) e, no ano passado, muita coisa sobre blockchain. Este ano voltamos à IA e ao contexto social. Davos é não só feito da conferência mas também de muitos eventos restritos e esses são um ótimo barómetro da sociedade.

Qual a diferença entre ter estado, em edições anteriores, como representante dos Global Shapers e, agora, enquanto investidora?

Não é muito diferente, até porque não deixei de ser Global Shaper. Os objetivos específicos podem ser diferentes mas há muita gente da comunidade presente e é uma oportunidade de dar visibilidade a alguns dos nossos projetos e trocar ideias com outros Global Shapers.

Considera que o facto de Trump, May e Macron não estarem presentes poderá enfraquecer o interesse e a importância da cimeira?

A cimeira realiza-se há mais de 40 anos e fez-se sem Trump, May e Macron antes, este ano não será excepção. Há sempre ausências mais notadas mas não creio que isso enfraqueça o interesse de qualquer forma.

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