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Críticas obscenas do recém-nomeado porta-voz de Trump geram “guerra civil” na Casa Branca

Anthony Scaramucci teceu comentários obscenos face ao trabalho do chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, e do principal conselheiro da Casa Branca, Steve Bannon, convidando-os a se retirarem do cargo e fazendo estalar o verniz na relação entre os membros da Administração Trump.
28 Julho 2017, 11h37

O novo porta-voz da Administração Trump, Anthony Scaramucci, ainda agora foi eleito e já está a agitar os ânimos dentro da Casa Branca, levando a imprensa norte-americana a falar numa “guerra civil” dentro da equipa que acompanha o presidente dos Estados Unidos. Em ataque direto a dois membros da Administração norte-americana, Anthony Scaramucci terá feito comentários obscenos face ao trabalho dos seus colegas e convidando-os a se retirarem do cargo.

O chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, foi a primeira vítima da língua afiada de Anthony Scaramucci. Num artigo publicado no jornal ‘The New Yorker’, o recém-nomeado porta-voz da presidência chamou Reince Priebus de “maldito esquizofrénico paranóico” e acusou-o de estar a desempenhar mal as funções de supervisão das ações da Casa Branca.

No mesmo artigo, Anthony Scaramucci apontou ainda o dedo à atuação do principal conselheiro da Casa Branca, Steve Bannon, dizendo que este está a tentar construir a sua própria marca “fora da poderosa força do presidente”. O porta-voz de Donald Trump diz ainda que não pode ser comparado com Steve Bannon, porque “não estou a tentar fazer ‘bicos’ a mim próprio”.

As críticas à linguagem obscena de Anthony Scaramucci não tardaram a chegar. Horas mais tarde, o porta-voz da Casa Branca justificava-se assim na rede social Twitter: “Às vezes uso linguagem colorida. Vou abster-me nesta arena, mas não vou desistir da luta apaixonada pela agenda de Donald Trump”.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, veio depois dizer aos jornalistas que Anthony Scaramucci “usou uma linguagem pouco ortodoxa” mas que não prevê que ele o faça novamente, acrescentando que qualquer pedido de desculpas deve ser tratado entre eles. Sarah Sanders afirma ainda que o presidente norte-americano “contrata as melhores pessoas”, embora essas nem sempre concordem entre si, pelo que se gera uma “competição saudável” com a qual se conseguem “melhores resultados”.

Donald Trump não se pronunciou diretamente sobre o caso.

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