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Chief Storyteller da Microsoft: “Quando chego ao trabalho já fui bombardeado com 20GB de informação”

Na segunda edição do Building The Future, evento de tecnologia promovido pela Microsoft em Portugal, que arrancou na terça-feira, 28 de janeiro e termina esta quarta-feira, 29 de janeiro, o diretor do departamento de storyteller da Microsoft foi um dos oradores da sessão “Bridging the Physical and Digital World”, onde falou de como a arte de contar histórias aliada à inovação tecnológica contribui para a inovação tecnológica. O Jornal Económico falou com este “contador de histórias” profissional para perceber o que faz numa empresa como a Microsoft.
  • Microsoft
29 Janeiro 2020, 07h55

O que faz um chief storyteller, sobretudo na Microsoft?
Não sou apenas eu, há uma equipa e 35 pessoas que cria uma panóplia de diferentes histórias sobre a Microsfot, dentro e fora da empresa. Ao fim de 45 anos de história, e com 45 mil trabalhadores, a Microsoft tem muitas histórias para contar. O meu trabalho e o da minha equipa é encontrar boas histórias, não tanto sobre a Microsoft e os seus produtos mas sobre o impacto da tecnologia.

Por que motivo a Microsoft apostou no storytelling?
Vivemos num mundo barulhento, constantemente bombardeados de informação. Nós acreditamos firmemente que são as histórias que captam a atenção das pessoas, porque é isso que acontece ao longo da história da humanidade.

Por isso mesmo, quão importante é nos dias de hoje essa arte de contar histórias?
Estou convicto que tem uma importância extrema, porque a nossa capacidade de prestar atenção está sob ataque. Há estudos que sugerem que quando chego ao meu local de trabalho já fui bombardeado com 20 gigabytes de informação. E todos nós estamos cientes disso, temos televisão, rádio, correio eletrónico e ainda existem os anúncios. É um mundo de informação. Nós somos muito bons a contar histórias, porque as histórias estão emocionalmente ligadas às pessoas.

Uma história bem contada pode mudar o destino de uma empresa?
Acredito que pode ajudar. Parte do meu trabalho e da nossa equipa é ver e compreender o que é a Microsoft. As pessoas têm diferentes perceções do que é a Microsoft. Há quem nos veja como uma empresa de videojogos, por causa da Xbox; há quem nos veja como uma empresa tecnológica; Há pessoas que nos vê como uma empresa de processos. O trabalho dos storytellers é mostrar a empresa como um todo e tudo aquilo que fazemos, acima de tudo, o impacto que a tecnologia tem nas pessoas.

Pode a arte de contar uma história ser um game changer?
Há um apetite cada vez maior dos consumidores pela história de uma empresa: por que razão esta empresa existe? Qual é o seu objetivo? Qual é a sua missão? e valores? Nós contamos histórias também como forma de mostrar que a nossa missão não são apenas frases que colocamos. A missão que definimos é absolutamente o que define o propósito da empresa e, por isso, as histórias que contamos são uma forma de cumprir essa missão. E isso pode fazer a diferença em qualquer empresa, seja aqui em Portugal ou num país africano onde uma história pode ajudar a construir um hospital.

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