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CTT caem quase 7% e arrastam PSI-20. Europa fechou mista

Nota para o tombo das ações dos CTT, ainda que até ao fecho de mercado não fosse conhecida qualquer razão aparente para este movimento.
24 Setembro 2019, 17h28

O PSI-20 caiu 0,35% para 4.955,9 pontos com o tombo das ações dos CTT. Os correios caíram -6,68% para 2,012 euros. Não há uma explicação para este comportamento de hoje, mas convém não esquecer que este título tem sido um dos melhores em termos de performance desde o início do mês.

As ações da Pharol deslizaram -3,27% para 0,106 euros. Já as da Mota-Engil voltaram hoje a cair (-2,77% para 1,898 euros). O BCP voltou também a cair. Desta vez perdeu -1,32% para 0,1874 euros.

Destaque ainda pela negativa para a Navigator que caiu -1,30% para 3,182 euros.

A EDP foi o melhor performer do PSI-20, reflexo do comportamento idêntico que o setor na Europa apresentou. Subiu 1,05% para 3,547 euros no dia em que se soube que o Governo decidiu abdicar de exigir à EDP a devolução aos consumidores de 72,9 milhões de euros, que tinham sido pagos à elétrica ao abrigo do regime CMEC (Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual), segundo noticia esta terça-feira o Observador.

A Jerónimo Martins manteve-se praticamente inalterado nos 15,7750 euros. O CaixaBank BPI Research elevou o preço-alvo da retalhista para finais de 2020 para os 18,65 euros.

A sessão acabou por ser negativa para a maioria das praças europeias. O otimismo assente na retoma das negociações comerciais EUA/ China, anunciada por Mnuchin, foi-se dissipando com o discurso de Trump nas Nações Unidas, onde acusou o gigante asiático de manipular a sua moeda e roubar propriedade intelectual, relata o analista do Millennium bcp, Ramiro Loureiro.

O EuroStoxx 50 caiu 0,14% para 3.532,05 pontos. O londrino FTSE 100 perdeu 0,47% para 7.291,43 pontos; o francês CAC recuou 0,04% para 5.628,3 pontos e o alemão DAX desceu 0,28% para 12.307,15 pontos.

O italiano FTSE MIB fechou a subir tal como o vizinho IBEX. Milão subiu 0,01% para 21.109,01 pontos e Madrid valorizou 0,27% para 9.118,2 pontos.

O analista do BPI, no seu comentário de fecho, realçou que depois de ontem terem sido divulgados os desapontantes indicadores PMI relativos à economia europeia, e em especial a germânica, foi hoje conhecido o índice de sentimento IFO da Alemanha. Este indicador relativo ao sentimento empresarial registou uma ligeira melhoria dos 94,3 em agosto para os 94,6 em setembro. No entanto, o mesmo indicador relativo às expectativas desceu dos 91,3 para os 90,8, atingindo assim o menor nível desde junho de 2009.

Os fabricantes de automóveis foram penalizados pela notícia de que as autoridades alemãs vão processar a Volkswagen e a Daimler relativamente ao controlo da emissão de gases nocivos, adianta o BPI.

Já segundo o analista do BCP, os dados pouco apelativos dos consumidores norte-americanos ajudaram a arrefecer o entusiasmo. Os preços do petróleo estavam em queda perante as notas de que a Arábia Saudita está a fazer progressos na retoma do output afetado com os ataques com drones deste mês.

Também com perdas superiores a 1% estiveram os produtores de matérias-primas e as empresas petrolíferas.

O Brent cai em Londres 1,59% para 63,74 dólares o barril.

O euro sobe 0,06% para 1,10 dólares.

O mercado de dívida soberana revela que a Alemanha tem os juros negativos a agravarem. A yield está nos 0,60% (-1,9 pontos base).

A dívida portuguesa melhora 3,1 pontos base para 0,144% e Espanha também vê os juros caírem 3,1 pontos base para 0,118%. Itália ao contrário tem os juros em alta (+0,20 pontos base) para 0,833%.

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