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CTT corrigem custos nas contas de 2016 e 2017, passando 30 milhões de euros da atividade postal para atividade bancária

A correção da afetação dos custos era uma exigência da Anacom desde 2019, determinada na sequência de uma auditoria aos resultados do sistema de contabilidade analítica dos CTT nos exercícios de 2016 e 2017. 
15 Setembro 2020, 09h58

Os CTT – Correios de Portugal corrigiu a afetação de custos entre atividade postal e o Banco CTT, o que gerou uma diminuição de cerca de 30 milhões de euros nos gastos da empresa com a atividade postal nas contas de 2016 e 2017, revelou a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), na segunda-feira.

Os 30 milhões retirados à atividade postal – dos quais seis milhões foram retirados aos gastos atribuídos à prestação do serviço postal universal – foram alocados aos custos da atividade bancária do Banco CTT.

A correção da afetação dos custos era uma exigência da Anacom desde 2019, determinada na sequência de uma auditoria aos resultados do sistema de contabilidade analítica dos CTT nos exercícios de 2016 e 2017.

No dia 18 de junho de 2019, o regulador das comunicações exigiu que os CTT “procedessem a uma correta separação dos gastos afetos à atividade postal e à atividade bancária na rede comercial (estações de correio)”, porque a referida auditoria, realizada pela Grant Thornton & Associados, concluiu existir nos exercícios de 2016 e 2017 “uma inadequada repartição de gastos entre a atividade postal e a atividade bancária ao nível da rede comercial (estações de correio)”.

“Em causa estava uma sobrevalorização de gastos alocados à atividade postal, por contrapartida de uma subvalorização dos gastos imputados à atividade bancária, nomeadamente, no que respeita a despesas com pessoal, depreciações e amortizações, custo de capital, rendas e alugueres, seguros, impostos e taxas, condomínio, água, eletricidade e consumíveis diversos”, indicou a Anacom.

As correções feitas pelos CTT “foram validadas” pela Grant Thornton & Associados, enquanto auditor externo e independente dos resultados do sistema de contabilidade analítica dos CTT nos exercícios de 2016 e 2017.

Segundo a Anacom, os resultados dos CTT a partir de 2018 já foram produzidos com a reformulação exigida pela Anacom em 2019, “estando a decorrer a respetiva auditoria”.

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