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CTT e BCP caem na Bolsa depois dos resultados e arrastam PSI20. Europa fecha no verde

As ações do BCP reagiram com uma perda de 1,37% (para 0,2309 euros) à apresentação dos seus resultados trimestrais, isto porque os lucros saíram abaixo do esperado pelos analistas consultados pela Bloomberg. As projeções dos bancos de investimento apontavam para uma média de 337,7 milhões de euros. Praças europeias animadas com negociações EUA-China.
  • Kai Pfaffenbach/Reuters
22 Fevereiro 2019, 17h49

A bolsa portuguesa encerrou em ligeira baixa, voltando assim a registar uma underperformance face aos seus pares europeus.

Isto porque as ações do BCP reagiram com uma perda de 1,37% (para 0,2309 euros) à apresentação dos seus resultados trimestrais, isto porque os lucros saíram abaixo do esperado pelos analistas consultados pela Bloomberg. As projeções dos bancos de investimento apontavam para uma média de 337,7 milhões de euros.

O lucro líquido atingiu no quarto trimestre os 44 milhões de euros (versus os 46 milhões estimados pelo CaixaBank BPI Research), face aos 107  milhões registados no trimestre anterior e aos 4 milhões no mesmo período do ano anterior, diz o BPI.

“A margem financeira consolidada aumentou 1% em termos anuais e 2% em termos trimestrais para os 371 milhões (versus 364 milhões esperados), fundamentalmente devido à forte performance na Polónia e em Moçambique. A qualidade dos ativos e o rácio Core Tier1 tiveram um desempenho melhor do que o esperado. O banco anunciou que irá ser proposto ao Conselho de Administração a aprovação de uma proposta de distribuição de dividendos correspondente a um pay-out de 10%”, dizem os mesmos analistas.

Outro título afectado pela divulgação dos resultados é o dos CTT que caíram -2,92% para 2,794 euros.

“A Jerónimo Martins e o grupo EDP limitaram perdas superiores no índice , ainda que os seus ganhos tenham sido bastante contidos”, referem os analistas do BPI. As ações da Jerónimo Martins subiram  0,78% para 12,940 euros; as ações da EDP ganharam 0,53% para 3,252 euros e as ações da EDP Renováveis subiram 1,05% para 8,215 euros.

A Galp recuou 0,41% para 14,675 euros, no dia em que o preço do petróleo não apresenta variações muito significativas.

Com tudo isto o PSI 20 fechou a perder 0,17% para 5.125,7 pontos.

Portugal fechou em contra-mão com as outras praças europeias. O índice global europeu subiu 0,21% para 3.270,55 pontos.

Londres também fechou em alta (+0,16% para 7.178,6 pontos); Paris fechou em alata de 0,38% para 5.215,85 pontos; o DAX valorizou 0,30% para 11.457,7 pontos; o espanhol IBEX subiu 0,35% 9.204,6 pontos; e a praça de Milão fechou a subir 0,26% para 20.262,5 pontos.

“Os mercados europeus fecharam em ligeira alta, terminando assim uma semana em que as atenções estiveram sobretudo voltadas para os desenvolvimentos relativos às negociações sino-americanas. Os produtores de matérias-primas, um setor muito exposto ao mercado chinês, lideraram os ganhos”, refere o BPI.

Os analistas destacam que no setor automóvel, “a BMW e a Daimler anunciaram uma parceria no valor de 1.130 milhões de dólares. Em março do ano passado, as duas empresas anunciaram que iriam unir-se para adquirirem grandes empresas de tecnologia, como a Uber e a chinesa Didi Chuxing. Hoje, foi feita uma atualização deste plano, tendo sido anunciado que unidades diferentes”.

O analista do BCP alinha pelo mesmo diapasão. “Saldo positivo para as bolsas europeias, com os setores de Recursos Naturais e Automóvel a liderarem e a refletirem os sinais em torno da nova ronda de negociações entre os EUA e a China”, refere Ramiro Loureiro, Analista de Mercados do Millennium investment banking.

Nota ainda para os rumores de que União Europeia espera que Theresa May peça um adiamento de 3 meses para o Brexit, diz ainda o Millennium BCP Investment Banking. Os BCP destaca a performance das ações da SocGen animadas pelo possível plano de corte de custos. Na Europa há ainda destaque para a Telecom Itália que apresentou contas,. “Mas a notícia de que estará em conversações com a Vodafone para uma fusão de torres de comunicação ganha maior relevo”, diz a análise de Ramiro Loureiro do BCP.

 

Em termos de indicadores económicos, na Alemanha, o índice IFO recuou para os 98,5 no mês de fevereiro, o nível mais reduzido desde dezembro de 2014, o que significa que a confiança dos empresários alemães está em mínimos de quatro anos. A inflação na Zona Euro em mínimos de quase 1 ano e mais longe da meta do BCE, também é destacada na análise. A economia alemã confirma estagnação no 4º trimestre.

Destaque ainda para o facto de a Alemanha e a França já terem proposta conjunta para criar orçamento da zona euro.

O euro sobe 0,04% para 1,134 dólares.

Os juros portugueses mantêm a tendência de queda, e renovaram mesmo o valor mais baixo de sempre. A dívida portuguesa cai 2,7 pontos base para 1,485%. Mas a dívida alemã por sua vez também está em queda de 3,1 pontos base para 0,096%.

Espanha vê os juros caírem 2,8 pontos base para uma yield 1,175% e ao contrário Itália que vê os juros agravarem 1,4 pontos base para yield de 2,847%.

O petróleo está em alta. Em Londres o Brent sobe 0,21% para 67,21 dólares e o WTI no NYMEX ganha 0,67% para 57,34 dólares o barril.

 

 

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