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CTT e BCP lideram quedas em Lisboa. Londres e Alemanha brilham na Europa

As ações dos CTT e do BCP lideraram as quedas em Lisboa. Os CTT perderam 2,62% para 3,41 euros. As ações da empresa liderada por Francisco Lacerda já acumulam uma perda de 47% desde o início do ano. As ações do BCP, por sua vez, fecharam a cair 2,49% para 0,25 euros.
  • Daniel Munoz/Reuters
8 Novembro 2017, 17h13

As ações dos CTT e do BCP lideraram as quedas em Lisboa. Os CTT perderam 2,62% para 3,41 euros. As ações da empresa liderada por Francisco Lacerda já acumulam uma perda de 47% desde o início do ano.

As ações do BCP, por sua vez, fecharam a cair 2,49% para 0,2464 euros. Mas este ano os títulos do banco liderado por Nuno Amado acumulam um ganho de 58,7%. O banco apresenta resultados do terceiro trimestre no dia 13 de novembro.

O terceiro título que mais caiu no PSI 20 foi a Galp Energia que hoje emitiu dívida a 5 anos no montante de 500 milhões de euros, com a procura a superar a oferta. As ações da Galp caíram 2,26% para os 16 euros. Com tudo isto o índice lisboeta caiu 0,46% para 5.326,55 pontos.

A Nos que apresentou resultados após o fecho do mercado caiu -0,72% na bolsa. A empresa de telecomunicações apresentou lucros de 33,6 milhões até setembro, o que traduz um aumento de 22,4% face ao mesmo período do ano passado.

Do lado das subidas a liderança coube à Pharol (+2,39%); seguida da Sonae (+1,82%); da EDP (+1,62%) e da Semapa (1%).

A Europa fechou mista. Com praças como a de Madrid a caírem 0,13% para 10.217 pontos; Paris a perder 0,17% para os 5.471,43 pontos; Milão desvalorizou 0,57%; Atenas -1,03%. Os índices globais também fecharam em terreno negativo. O EuroStoxx 50  caiu 0,09% para 3.655,4 pontos.

Do lado das subidas o destaque vai para Londres. O índice da City subiu 0,22% para 7.529,72 pontos, liderando a subida das bolsas europeias (destaque para a subida das ações da Avon Rubber – empresa de tecnologia do ramo dos pneus – que subiram 5,67%). A Alemanha foi a outra praça a fechar positiva, numa sessão sempre em alta acabou for fechar a subir muito ligeiramente, com o Dax a subir 0,02% para 13.382,4 pontos.

Isto num dia em que se soube que economia alemã vai crescer 2% este ano e 2,2% em 2018, segundo as previsões do conselho de peritos do governo alemão, os chamados “cinco sábios”, que alertam para o risco de um “sobreaquecimento”.

A primeira economia da zona euro encontra-se em fase de “forte crescimento”, considera este grupo de economistas, que assegura que é o momento para um “reajustamento da política económica” do país e para reformas.

No relatório semestral publicado hoje, o grupo defende que os contribuintes devem ser beneficiados com uma descida de impostos.

Para 2017, os economistas apontam um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) alemão de 2%, quando previam 1,4% em março. Para 2018, é antecipado um crescimento de 2,2%, quando a anterior previsão era de 1,6%.

No lado das obrigações soberanas, Portugal viu os seus juros subirem ligeiramente (7 pontos base), mas ainda assim continua no histórico nível de uma yield abaixo dos 2% (1,94%). Hoje Portugal colocou 1.250 milhões de euros, montante máximo anunciado, em Obrigações do Tesouro (OT) a dez anos à taxa de juro de 1,939%, inferior à taxa do anterior leilão comparável.

Segundo João Queiroz, diretor da banca online do Banco Carregosa, esta colocação “foi um resultado fenomenal para o nosso nível de risco e para a alavancagem da nossa economia”.

“Portugal ser capaz de endividar-se a 10 anos a uma taxa de 1,9 por cento era algo que não imaginávamos ver. Representa uma excelente poupança em juros para o país, que assim baixa o custo médio da sua dívida. É que não é só o juro ser baixo, trata-se de dívida longa”, diz o gestor.

“As razões para esta descida são conhecidas: a melhoria no rating da S&P, a eventual melhoria da notação dada pelas outras agências, as boas notícias da economia portuguesa mas, acima de tudo isto um fator mais importante: as taxas das dívidas soberanas europeias tem estado a corrigir e nós aproveitamos esse contexto. Não é só um efeito em Portugal. Aliás, isso vê-se nas taxas que estão a ser feitas no mercado secundário que rondam hoje os 1,955%.”, acrescenta João Queiroz.

A dívida espanhola a 10 anos também subiu 7 pontos base para 1,47%; Itália piorou os juros 4,1 pontos bse para 1,74% e finalmente a Alemanha melhorou os juros, fruto das boas notícias macroeconómicas, 0,1 pontos base, para 0,32% de yield.

O petróleo cai. No mercado de Londres o Brent perde 0,11% para 63,62 dólares e nos Estados Unidos perde 0,4% para 56,97 dólares.

O euro valorizou face ao dólar 0,07% para 1,1595 dólares.

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