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CTT e energia pressionam abertura do PSI 20

Os investidores da bolsa portuguesa mostram-se otimistas no dia em que a agência de rating canadiana DBRS volta a rever a notação de Portugal. A perspetiva é que a DBRS possa subir o rating de BBB low do país de estável para positiva.
  • Paulo Whitaker/Reuters
3 Novembro 2017, 09h07

O principal índice português abriu sessão esta sexta-feira em linha vermelha. O PSI 20 negoceia a perder 0,54% para os 5.417,29 pontos, pressionado pelas desvalorizações das energéticas e dos CTT.

Os CTT são a cotada que mais perde, depois de o conselho de administração da empresa ter anunciado que está a estudar a possibilidade de passar a gestão das suas agências para terceiros, depois da queda de 57% nos lucros até setembro. Os maus resultados levaram vários bancos de investimento a reverem em baixa a avaliação atribuída às ações dos CTT e ao anúncio do lançamento de um plano de corte de custos por parte da empresa liderada por Francisco Lacerda. A cotada negoceia a perder 3,70% para os 3,642 euros.

No setor da energia, a EDP Renováveis resvala 1,22% para os 7,072 euros, a Galp Energia perde 0,19% para os 16,031 euros.

Destaque para a EDP, que recua 1,10% para os 3,064 euros, depois de ontem a cotada ter revelado que o lucro registado nos primeiros nove meses do ano totalizou 1.147 milhões de euros, o que representa um aumento de 86% face a igual período de 2016. Apesar disso, a elétrica liderada por António Mexia, a EDP sofreu uma queda de 3% na margem bruta do grupo, que se cifrou nos 4,122 mil milhões de euros.

A negociar no vermelho estão também a Sonae (-0,39%), o BCP (-0,90%), a Semapa (-0,43%), a NOS (-0,67%), a Mota-Engil (-0,09%) e a Navigator (-0,18%).

Em contraciclo estão a Jerónimo Martins (0,03%), a Novabase (011%), Corticeira Amorim (0,51%), a Altri (0,78%) e a Pharol (0,68%).

Os investidores da bolsa portuguesa mostram-se reticentes no dia em que a agência de rating canadiana DBRS volta a rever a notação de Portugal. No início do mês de outubro a agência admitiu melhorar a perspetiva de longo prazo da dívida pública portuguesa, mas alertou para que tal dependerá da sustentabilidade da recuperação das finanças públicas e de um reforço do crescimento económico. A perspetiva é que a DBRS possa subir o rating de BBB low do país de estável para positiva.

Esta sexta-feira, prossegue a divulgação de resultados trimestrais das cotadas. A Sonae Capital, Altri e Cofina prestam contas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) após o fecho da bolsa nacional. Também o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga Índice de Bem-Estar referente ao ano passado.

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