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Cuba acusa Trump de “retórica hostil” a fazer lembrar tempos de “confronto aberto”

As declarações de Raul Castro surgem na sequência da denúncia de Donald Trump de que o acordo com Cuba, promovido pelo seu antecessor, Barack Obama, era “brutal” e que “não ajudava os cubanos e enriquecia o regime”. O presidente norte-americano prometeu ainda “denunciar os crimes do regime Castro”.
17 Junho 2017, 10h07

O presidente de Cuba, Raul Castro, rejeitou esta sexta-feira a “retórica hostil” do homólogo norte-americano, Donald Trump, considerando que as políticas que anunciou contra Havana fazem lembrar “os tempos de confronto aberto”. Raul Castro sublinhou que quer manter um “diálogo respeitoso” com os Estados Unidos em assuntos de interesse mútuo.

Em comunicado, a administração de Raul Castro adota um tom conciliatório, afirmando que “os últimos dois anos mostraram que os dois países podem cooperar e coexistir de forma civilizada” e que o presidente cubano está empenhado em que as boas relações se mantenham.

As declarações de Raul Castro surgem na sequência da denúncia de Donald Trump de que o acordo com Cuba, promovido pelo seu antecessor, Barack Obama, era “brutal” e que “não ajudava os cubanos e enriquecia o regime”.

Donald Trump prometeu ainda que “os Estados Unidos vão denunciar os crimes do regime Castro” e o sofrimento imposto aos cubanos “durante cerca de seis décadas”.

Ben Rhodes, um dos principais negociadores do acordo histórico com Cuba durante a Administração Obama, já criticou a decisão de Trump, considerando que esta devolve a relação bilateral “à prisão do passado” e dá ao castrismo “uma oportunidade” para se reforçar no poder.

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