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Da finança às ‘telecoms’: como as empresas estão a preparar-se para o Brexit

Parte das empresas quer continuar a ser um agente económico no Reino Unido. Mas uma coisa diferente é manter a sua base nas ilhas britânicas. A Bloomberg traça um mapa das decisões de alguns grupos económicos que já decidiram o que fazer.
28 Novembro 2018, 16h19

O esboço do acordo entre o Reino Unido e a União Europeia, assinado em 25 de novembro, pode ajudar as empresas a planearem a saída ou a permanência na Grã-Bretanha. Com um período de transição de 21 meses e a intenção de manter laços comerciais próximos, o acordo pretende assegurar que os negócios vão poder manter-se e foi bem recebido por muitos dos mais poderosos executivos britânicos – que se preocuparam em ajudar a primeira-ministra Theresa May a ‘vender’ o acordo.

Apesar de tudo, a perspetiva de o governo obter apoio parlamentar face ao acordo é uma questão em aberto – e, se for preciso um vaticínio, todos dirão que o mais provável é que a votação na Câmara dos Comuns seja desfavorável a May e, por isso, favorável ao Brexit sem acordo.

Uma análise da Bloomberg permite concluir que nenhuma empresa abandonou os seus planos de contingência para um cenário de Brexit sem acordo – o que reforça a perspetiva de que os deputados acabarão por votar desfavoravelmente o esboço que a primeira-ministra levou de Bruxelas. Mas também quer dizer, por outro lado, que o abandono do poderoso mercado britânico parece ser a última das opções das empresas.

Mas uma coisa é abandonar um mercado – no sentido de deixar de ser um agente presente nesse mercado – outro é ter a base dos interesses empresariais sediada no Reino Unido. Da lista da agência norte-americana fazem parte muitas empresas que decidiram retirar as suas sedes na Europa para fora de Londres. Luxemburgo, Holanda, Alemanha e em menor escala a França, são as localizações mais procuradas pelos grandes grupos empresariais para fazerem face ao Brexit. E isto antes de se saber se a saída será ou não com acordo: a questão central é mesmo a saída e não a forma como ela acontecerá.

O impacto para a economia britânica vai por isso ser imenso – o governo afirma que pode situar-se entre 1% a 2% do PIB por ano, o que, diz, não é grave – e as suas repercussões ao nível do emprego poderão ser igualmente devastadoras.

De qualquer modo, já há algumas certezas em relação a vários grupos empresariais, que a Bloomberg elenca.

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