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Da ‘gula’ à ‘ira’. Sete pecados digitais que não devem ser cometidos na Black Friday

“Antes de serem anunciadas as campanhas, a maioria dos consumidores já escolheu quais as marcas que vão comprar”, sustentou Pedro Lourenço, diretor executivo do Portal da Queixa. 
  • Istock
28 Novembro 2019, 14h20

A média diária de queixas relativamente ao comércio tem crescido nos últimos anos, atingindo agora trinta reclamações diárias no Portal da Queixa. Para evitar o aumento de queixas durante a semana em que se assinala a Black Friday, altura do ano que antecede o Natal e em que os descontos são evidentes, o Portal das Queixas identificou “sete pecados digitais que não devem ser cometidos na Black Friday”.

O primeiro pecado, de acordo com o portal liderado por Pedro Lourenço, é a gula. Este primeiro pecado digital “é um dos proeminentes quando o assunto é descontos”, sendo que existe a tendência de comprar mais do que é preciso porque está mais barato que o habitual. Aqui, é preciso perceber se é imperativo comprar o artigo em questão e procurar opiniões em relação ao produto ou serviço que quer adquirir.

A avareza é o segundo pecado digital identificado pelo Portal da Queixa. “Neste caso não está ligado à poupança, mas sim à não partilha de experiências de consumo”, indica o portal. A partilha é essencial e prende-se com o primeiro pecado, uma vez que pode ser útil para os outros consumidores e para si mesmo, identificando posteriormente outras oportunidades que sejam positivas.

O terceiro pecado é a luxúria, sendo que deve desconfiar quando o negócio for “bom demais para ser verdade”. Adquirir produtos caros e sofisticados a preços muito baixos é o principal objetivo durante as compras na Black Friday, mas é preciso identificar com atenção as ofertas reais. Assim, é preciso saber o preço original, e o comparador da Deco pode ser útil, sendo que a decisão deve ter em conta experiências de outros consumidores online.

A ira é o quarto pecado digital observado no Portal da Queixa. Aqui, o importante é não agir impulsivamente durante a altura de tomar decisões, sendo que todos os movimentos devem ser ponderados. “Imagine que viu um produto com excelente preço numa loja e comprou, obtendo a promessa de que seria o mais barato no mercado naquele momento. Contudo, noutra loja ali do lado verificou que o preço estava ainda mais baixo”, indica a plataforma. O importante nesta situação é perceber quais as diferenças entre as duas lojas.

A inveja é um dos pecados verificados. Na altura de procurar um bom negócio, semelhante a um amigo que conseguiu um excelente, é importante avaliar a situação. “Antes de proceder ao pagamento final da sua encomenda, certifique-se que lhe pedem apenas as informações necessárias para concluir a compra. Os pagamentos mais habituais são a transferência bancária e o cartão de crédito, mas se puder evite-os, uma vez que, são menos seguros”, sustenta a empresa.

A preguiça é o pecado que mais pode custar o dinheiro que anda a poupar para os excelentes negócios. Deve sempre despender algum tempo a pesquisar os artigos em lojas diferentes, uma vez que existem diferenças em relação a preços que podem ser enganadores.

O orgulho é o último pecado digital. Se foi enganado por alguém em relação a compras online pode procurar forma de resolver o assunto, sendo que “o melhor será reclamar os seus direitos a quem lhe vendeu o produto e partilhar a experiência com outros consumidores”, para que estes possam estar atentos.

Além de um preço baixo, os consumidores procuram confiança na marca que pretendem adquirir. “Antes de serem anunciadas as campanhas, a maioria dos consumidores já escolheu quais as marcas que vão comprar”, sustentou Pedro Lourenço, diretor executivo do Portal da Queixa.

“Para atingir esta confiança, as marcas têm de trabalhar a sua reputação durante todo o ano, para que nestas ocasiões possam ser as eleitas como as mais confiáveis pelos consumidores”, indica o responsável.

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