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Da manipulação do vírus pela imprensa ao comum mortal. As frases polémicas de Jair Bolsonaro

Desde janeiro, quando o vírus se começou a propagar pelo mundo e pelo Brasil, que o presidente brasileiro desvalorizou a crise sanitária do novo coronavírus, chegando a atacar governadores e ministros da Saúde por terem ideias contrárias às suas.
7 Julho 2020, 17h18

Depois de alguns testes inconclusivos, o presidente Jair Bolsonaro testou positivo para a Covid-19 após indicar que estava a sentir alguns sintomas do vírus.

Desde janeiro, quando o vírus se começou a propagar pelo mundo e pelo Brasil, que o presidente brasileiro desvalorizou a crise sanitária do novo coronavírus, chegando a atacar governadores e ministros da Saúde por terem ideias contrárias às suas.

Estas são algumas das frases mais polémicas que Jair Bolsonaro proferiu durante a pandemia da Covid-19 até ao dia de hoje, quando assumiu estar infetado:

“No meu entender, muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia [veículos de imprensa] propala ou propaga pelo mundo todo”, 10 de março de 2020

“Eu não sou médico, não sou infectologista, o que eu ouvi até o momento é que outras gripes mataram mais do que esta”, 11 de março de 2020

“Não podemos entrar numa neurose como se fosse o fim do mundo. Outros vírus mais perigosos aconteceram no passado e não tivemos essa crise toda. Com toda certeza há um interesse económico nisso tudo para que se chegue a essa histeria”, 15 de março de 2020

“Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar não, tá ok? Se o médico me recomendar um novo exame, eu farei, caso contrário, me comportarei como qualquer um de vocês aqui presente”, 20 de março de 2020

“No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha, ou resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico daquela conhecida televisão”, 24 de março de 2020

“Eu acho que não vai chegar a esse ponto [situação dos Estados Unidos]. Até porque o brasileiro tem que ser estudado. Ele não pega nada. O sujeito pula num esgoto e sai mergulhando, não acontece nada com ele”, 26 de março de 2020

“Infelizmente algumas mortes terão, paciência, acontece, e vamos tocar o barco. As consequências, depois dessas medidas equivocadas, vão ser muito mais danosas do que o próprio vírus”, 27 de março de 2020

“E daí? Lamento, mas quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagres”, 29 de março de 2020

“O vírus é igual a uma chuva, vem e você vai se molhar. Você não vai morrer afogado. Em alguns casos, lamentavelmente, haverá afogamento”, 01 de abril de 2020

“Duvido que um governador desses, um João Doria [de São Paulo], um Carlos Moisés [de Santa Catarina], vá no meio do povo. Vão nada. A justificação é que podem apanhar o vírus. Estão com medinho de pegar vírus?”, 02 de abril de 2020

“Vocês nunca me viram aqui rastejando, com coriza [corrimento nasal]. Eu não tive [Covid-19]. (…) Daqui a pouco, vão querer saber se eu sou virgem ou não, aí vou ter de apresentar o meu exame de virgindade para vocês”, 29 de abril de 2020

“Eu lamento todas as mortes, mas é o destino de todo o mundo”, 03 de junho de 2020

“O facto de eu ter sido contaminado mostra que eu sou um ser humano igual a outro qualquer”, 07 de julho de 2020

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