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Dados do emprego penalizam Wall Street

A GameStop tombou 13,41% para 40,70 dólares, num dia em que está a decorrer uma audição na Câmara dos Representantes sobre o episódio que levou as ações da empresa a dispararem. Entre as personalidades ouvidas estão o diretor da Robinhood e pequenos investidores.
  • Reuters
18 Fevereiro 2021, 21h11

A bolsa de Nova Iorque fechou a sessão desta quinta-feira em terreno negativo, depois da divulgação de novos (e desanimadores) dados do emprego nos Estados Unidos (EUA). O número de norte-americanos que entraram com os primeiros pedidos de subsídio de desemprego aumentou inesperadamente, na semana passada, para 861 mil, quando o mercado esperava 773 mil.

Em Wall Street, o sentimento manteve-se pessimista ao longo da sessão. O índice industrial Dow Jones – que ontem foi o único a fechar no ‘verde’ – caiu 0,38% para 31.493,34 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 perdeu 0,44% para os 3.914,20 pontos. Já o tecnológico Nasdaq recuou 0,72% para os 13.865,36 pontos. Já o Russell 2000 desvalorizou 1,70% para os 2.218,35 pontos.

“A subida das yields soberanas e o aumento inesperado dos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA retira algum apetite no mercado acionista”, referiu Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, numa nota de mercado.

A retalhista Walmart tombou 6,47% para 137,68 dólares, depois de ter divulgado resultados ajustados de 1,39 dólares por ação no quarto trimestre, abaixo dos 1,50 dólares por ação antecipados pela generalidade dos analistas. Só as receitas totais da multinacional subiram 7,3% em termos homólogos, para 152,08 mil milhões de dólares, em linha com as estimativas.

A farmacêutica e produtora de canábis canadiana Tilray esteve em contraciclo, com uma subida superior a 6% depois de reportar receitas acima do esperado, mas os títulos acabaram por ceder e afundar 13,93% para 27,12 dólares.

A GameStop tombou 13,41% para 40,70 dólares, num dia em que está a decorrer uma audição na Câmara dos Representantes sobre o episódio que levou as ações da empresa a dispararem. Entre as personalidades ouvidas estão o diretor da Robinhood e pequenos investidores.

Nas matérias-primas, o valor do ‘ouro negro’ voltou a descer. O preço do petróleo WTI, produzido no Texas, cai 1,78% para os 63,38 dólares por barril, enquanto a cotação do barril de Brent está a desvalorizar 1,49% para os 63,38 dólares.

“O ouro é uma das poucas matérias-primas que tem estado pressionado em baixa ao longo deste ano. As quedas foram impulsionadas pelo aumento das yields dos EUA devido aos receios de um aumento dos níveis de inflação. O ouro tem vindo a ser observado como ativo de refúgio há vários anos, fazendo com que os investidores o utilizassem para proteger o seu próprio património em momentos de maior risco nos mercados. O metal precioso também é visto como um ativo de proteção contra a inflação”, diz Henrique Tomé, analista da XTB, em research.

Quanto ao mercado cambial, o euro valoriza 0,47% face ao dólar, para os 1,2092 dólares, enquanto a libra esterlina soma 0,88% face à moeda dos Estados Unidos, para os 1,3975 dólares.

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