O requerimento do CDS-PP para ouvir o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e o ministro dos Negócios Estrangeiros foi aprovado, esta quarta-feira, por unanimidade em sede de comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.
Em causa está a partilha de dados de ativistas russos da Câmara Municipal de Lisboa (CML) com a embaixada da Rússia. Na reunião desta quarta-feira da comissão de Assuntos Constitucionais, os centristas apresentaram um novo requerimento para que uma das ativistas russas Ksenia Ashrafullina seja ouvida no Parlamento.
Depois de a cedência de informação ter sido noticiada, Fernando Medina considerou o sucedido “um erro lamentável que não podia ter acontecido”. “É uma situação que não podia ter acontecido por várias razões, a principal das quais é que Lisboa tem orgulho em ser um espaço de liberdade, de segurança, de expressão e valorização dos direitos humanos, do direito à manifestação que tanto nos custou a conquistar”, disse Medina.
No dia seguinte Fernando Medina, anunciou que pediu uma auditoria sobre a realização de manifestações no município nos últimos anos. Ainda assim, os partidos com representação na Assembleia da República defenderam que era preciso ir mais além.
Da parte do Governo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, defendeu que o sucedido tinha sido “um procedimento errado” e que já tinha sido corrigido, enquanto que o primeiro-ministro acredita que “é muito claro que não havia uma prática de colaboração da Câmara perseguição e identificação de ativistas e oposicionistas russos”.
Desde então, o embaixador da Rússia já esteve em Portugal para garantir que a embaixada eliminou os dados dos manifestantes que integraram o protesto contra o Governo de Putin.
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