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Daniel Adrião acusa PS de “irregularidades e ilegalidades” no processo eleitoral

A lista que se opôs à liderança de António Costa no PS reclama que a Comissão Organizadora do Congresso do partido está a ocultar os resultados.
  • Cristina Bernardo
15 Maio 2018, 19h16

A lista liderada por Daniel Adrião contesta que existiram irregularidades e ilegalidades no processo eleitoral para a escolha do secretário-geral do Partido Socialista (PS). No sábado passado, Adrião concorreu contra António Costa, que foi reeleito com 96% dos votos.

Na reunião da Comissão Organizadora do Congresso (COC), que aconteceu esta segunda-feira, foram analisadas as reclamações resultantes dos atos eleitorais em algumas secções. De acordo com a candidatura de Adrião, haveria reclamações das secções de Alvalade, Alenquer, Alcácer do Sal, Feijó, Fernão Ferro, Leça da Palmeira e Santa Clara.

Do total, a COC deliberou mandar repetir três atos eleitorais para eleições de delegados, no próximo dia 18. O representante da lista de Daniel Adrião terá pedido os números dos resultados finais que a comissão só poder facultar após darem entrada na Sede Nacional do partido todas as atas eleitorais das secções.

“Ora, verifica-se aqui um contrasenso, pois os resultados finais não podem ser homologados sem estarem apurados os resultados finais”, alega a candidatura Reinventar Portugal. “Mais, o Presidente da COC manifestou preocupação relativamente à divulgação de resultados, tendo em conta a alta taxa de abstenção registada nas eleições diretas”.

A candidatura de Daniel Adrião afirma que se manifestou contra o que acredita ser uma ocultação de resultados. “Assim, nenhum representante da Lista A, nem Daniel Adrião, alguma vez validou, ou está em condições de validar, os resultados das eleições diretas ao XXII Congresso Nacional do PS, uma vez que se considera que o processo eleitoral está ferido de irregularidades e ilegalidades graves”, acusa.

“Práticas que, refira-se, parecem estender-se até ao final do processo eleitoral, pois a homologação feita ontem pelo Presidente da COC dos alegados resultados finais, também é um ato irregular, porquanto não pode haver homologação final sem a receção de todas as atas eleitorais e a conferência das mesmas por todos os membros da COC”, acrescenta.

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