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Clima, desigualdade e inteligência artificial dominam agenda em Davos

Mais de 340 chefes de Estados e governos, 1.900 líderes do setor privado e 130 jovens empreendedores vão reunir-se até ao final da semana numa luxuosa estância de esqui para discutir o futuro do mundo. O grande esperado é Donald Trump, que discursa na sexta-feira.
23 Janeiro 2018, 07h10

O 48º encontro anual do Fórum Económico Mundial tem início esta terça-feira, em Davos, na Suíça, e o grande momento vai ser o discurso do presidente dos Estados Unidos na sexta-feira, dia de encerramento do evento. O tema deste ano é “Criar um futuro conjunto num mundo fraturado” e os olhos vão estar postos no que Donald Trump tem a dizer, mas a abrangência do assunto deverá levar a campos tão distintos como mudanças climáticas, desigualdade (de sexos e de regiões) ou inteligência artificial.

Mais de 340 chefes de Estados e governos, 1.900 líderes do setor privado e 130 jovens empreendedores vão reunir-se numa luxuosa estância de esqui para discutir o futuro do mundo.

A presença do presidente dos EUA é especialmente importante porque este não tem de o fazer – o antecessor Barack Obama nunca participou em Davos, por exemplo – mas também porque o moto do líder norte-americano (“America First”) parece pouco próximo da ideia de futuro conjunto. Além de Trump, no grupo incluem-se a primeira-ministra britânica Theresa May, a chanceler alemã Angela Merkel, o primeiro-ministro português António Costa e o ministro das Finanças Mário Centeno.

Na agenda, cibersegurança, inteligência artificial e digitalização da economia estão no topo, ao lado de outras questões ligadas à tecnologia como inovação científica, neuro-ciência ou realidade virtual. Segundo o fórum pobreza, conflitos e diferenças salariais entre sexos também serão temas importantes.

O Fórum tem sido criticado ao longo dos anos pela desigualdade de género, um tema que tem estado na ordem do dia. Pela primeira vez na história do evento, apenas mulheres foram escolhidas como co-presidente do fórum. A participação feminina também é a mesma elevada de sempre, mas as mulheres vão representar apenas 21% do total (contra os 18% do ano passado).

As sete escolhidas para a co-presidência do encontro deste ano, que tem como tema “Criar um futuro conjunto num mundo fraturado”, são:

  • Sharan Burrow, secretária-geral da Confederação Sindical Internacional (ITUC);
  • Fabiola Gianotti, diretora-geral da Organização Europeia de Investigação Nuclear (CERN);
  • Isabelle Kocher, chief executive officer da grupo global de energia ENGIE Group;
  • Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI);
  • Ginni Rometty, chairman, presidente e chief executive officer da IBM Corporation;
  • Chetna Sinha, fundadora e presidente do Mann Deshi Mahila Bank e da Mann Deshi Foundation; e
  • Erna Solberg, primeira-ministra da Noruega.
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