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DBRS divulga calendário de 2019. “Rating” de Portugal conhecido em abril e outubro

A última avaliação à dívida portuguesa data de 12 de outubro, quando a DBRS manteve o rating atribuído a Portugal em ‘BBB’, com perspetiva estável.
17 Dezembro 2018, 10h25

A agência de notação financeira DBRS divulgou o seu calendário de avaliações à economia dos Estados-membros da União Europeia, para 2019, esta segunda-feira, sendo que a divulgação do rating da dívida portuguesa será conhecido nos dias 5 de abril e 4 de outubro.

A primeira revisão quanto à saúde da economia portuguesa ocorrerá em 5 de abril de 2019, sendo que nessa altura a agência canadiana já terá tido material suficiente para escrutinar o Orçamento do Estado para 2019, recentemente aprovado pelo Parlamento.

Para 4 de outubro de 2019, está agendada uma segunda revisão ao rating da dívida nacional. As regras europeias obrigam as agências de rating a agendar previamente as janelas para a publicação das análises ao risco dos países. Estas datas não impedem que, se se justificar, as agências não possam emitir opiniões de crédito ou mesmo alterações do rating em circunstâncias excecionais, se acontecer algo que altere substancialmente a sua análise do risco de um determinado país.

A última avaliação da DBRS a Portugal data de 15 de outubro deste ano, quando saiu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano em 2,3%.  Um “ritmo saudável, apesar de mais moderado do que em 2017”, escrever, então, a agência canadiana.

Segundo a nota da agência, o défice orçamental, o rácio da dívida pública sobre o PIB e o crédito mal parado dos bancos portugueses “continuem a diminuir”, mas adverte que “o rácio da dívida, que se espera que recue para perto dos 120% do PIB este ano, continua alto e deixa as finanças públicas vulneráveis a choques negativos”.

Dias antes, a 12 de outubro, a DBRS manteve o rating atribuído a Portugal em ‘BBB’, com perspetiva estável.

“A DBRS confirmou o rating de longo prazo da dívida portuguesa em moeda local e externa em BBB e a dívida de curto prazo em moeda local em R-2 (high). A tendência para todos os ratings permanece estável”, afirmou a agência no relatório da avaliação.

A agência de notação financeira explicou que a confirmação da tendência estável reflete que os riscos ao rating são geralmente equilibrados. E salientou que embora tenha sido mais moderado no primeiro semestre de 2018 face a 2017, o crescimento do produto interno bruto (PIB) “é previsto a um ritmo saudável de 2,3% para o conjunto do ano, e continua acima da média da zona euro”.

 

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