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De costas voltadas, Emirados Árabes Unidos proibem “expressões de simpatia” com o Qatar

A imprensa local dá conta de que quem ousar não cumprir o determinado pelo Governo, além de se sujeitar a uma pena de prisão que pode ir até 15 anos, pode ter de pagar uma coima de pelo menos 500.000 dirhams (cerca de 120.000 euros).
7 Junho 2017, 12h14

Os Emirados Árabes Unidos querem censurar todas as manifestações de apreço pelo Qatar, depois de esta segunda-feira terem anunciado um corte de relações diplomáticas com o país e se ter assistido a um avolumar de críticas à medida em todo o país. Para punir os infratores, a Procuradoria-geral do país prevê penas de prisão que podem chegar aos 15 anos, às quais pode acrescer o pagamento de multas pesadas.

“Uma ação estrita e firme será tomada contra qualquer pessoa que demonstre simpatia ou qualquer tipo de sentimento em relação ao Qatar, assim como contra qualquer pessoa que se opuser à posição dos Emirados Árabes Unidos, seja por meios de comunicação social ou por outro tipo de forma escrita, visual ou verbal”, anunciou o procurador-geral dos Emirados Árabes Unidos, Hamad Saif al-Shamsi.

A imprensa local dá conta de que, além de se sujeitar a uma pena de prisão, quem ousar não cumprir o determinado pode ter de pagar uma coima de pelo menos 500.000 dirhams (cerca de 120.000 euros).

A decisão surge na sequência do anúncio desta segunda-feira feito pelos Emirados Árabes Unidos e outros cinco países árabes (Arábia Saudita, Egito, Iémen, Líbia e o Bahrain) de pôr fim às relações diplomáticas com o Qatar, sob o argumento de que este anda a financiar ações terroristas em todo o mundo. O Qatar nega veementemente as acusações.

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