A Caixa Geral de Depósitos anunciou que vai deixar de pagar juros nos depósitos a prazo ou poupança quando se trata de um valor inferior a um euro. A Deco considera que esta decisão do banco público não é moral.
Apesar da decisão ter sido revelada ontem, 24 de junho, a medida da CGD só vai ser implementada no dia 1 de agosto, faltando ainda um mês.
António Ribeiro, economista da associação Deco, disse à rádio TSF que a medida os apanhou “um bocadinho de surpresa”. “Se for ao supermercado e comprar uma carcaça, tenho de pagá-la à mesma”, exemplificou, “portanto, se eu receber um euro ou menos de juros, achamos que o banco deverá pagar esse juro ao cliente”, defendeu.
O economista afirmou que a medida do banco de Paulo Macedo “é um sinal muito errado dado ao aforrador”, sendo que “o sinal devia ser o inverso, que era incentivar a poupança”. António Ribeiro relembrou que o pagamento de juros é um direito do cliente, e que embora a decisão da CGD seja legal “moralmente não é correto”.
“Mesmo que o juro seja muito baixo, deve ser pago”, sublinha o economista.
A CGD vai passar a taxa de juro bruta para 0,015% dos produtos Caixapoupança Reformado, Caixapoupança emigrante, Caixapoupança superior, Caixapoupança Mais Reformado, Poupança Caixa Empreender e Caixapoupança Condomínio.
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