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Viagens para o EUA caem 6,5% com decreto de Trump

A grande descida no número de reservas aconteceu nos sete países banidos temporariamente, enquanto as viagens da Europa de Leste aumentaram.
9 Fevereiro 2017, 13h32

Pode não ter ido avante, mas a ordem executiva de Donald Trump, que visava vedar o acesso de nacionais de sete países maioritariamente muçulmanos e de refugiados aos EUA, causou mossa. Nos oito dias em que a ordem esteve em vigor, as reservas de viagens internacionais para o país caíram 6,5%, de acordo com as contas da consultora de turismo ForwardKeys.

Os valores dos dois entre 28 de janeiro e 4 de fevereiro comparam com o mesmo período de 2015 e refletem a vontade do presidente dos EUA de apertar os critérios nas fronteiras do país. No dia 30 de janeiro, o número de cancelamentos subiu mesmo para os 30%.

A maior descida das marcações aconteceu, sem surpresa, nos sete países abrangidos pela ordem executiva. No Irão, Síria, Iraque, Iémen, Líbia, Somália e Sudão as reservas caíram 80%. No Médio Oriente, as reservas desceram 37,5%, com destaque para a Arábia Saudita, onde a queda foi de 60%. Já na Ásia-Pacífico reservaram-se menos 14% de viagens, na Europa Ocidental, menos 13,6% e na Europa do Sul, menos 2,9%.

Por outro lado, o número de viagens marcadas para os EUA aumentou 15,8% na região do Leste Europeu, grupo onde se inclui a Rússia. Também dos restantes países do continente americano, as reservas subiram 2,3%.

A ordem executiva assinada por Trump foi justificada pelo presidente como sendo uma forma de prevenir eventuais atentados terroristas, mas na sexta-feira passada, dia 3 de fevereiro, a ordem executiva foi suspensa temporariamente pelo juiz de Seattle, James Robert. A questão será agora analisada pelo tribunal de recurso de São Francisco.

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