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Golas antifumo. Demitiu-se o adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil  

Francisco José Ferreira assumiu a sua responsabilidade pela escolha das empresas para o concurso das golas inflamáveis. O líder do PS/Arouca, de 30 anos, era padeiro numa pastelaria do irmão antes de integrar o Governo.
29 Julho 2019, 12h34

O adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil demitiu-se hoje após ter assumido a sua responsabilidade na escolha pelas empresas que acabaram por adjudicar o fabrico das 70 mil golas antifumo inflamáveis, avança a Lusa esta segunda-feira, 29 de julho.

A demissão de Francisco José Ferreira acontece depois de ter assumido ao Jornal de Notícias desta segunda-feira que foi o responsável por recomendar as empresas para comprar as 70 mil golas antifumo inflamáveis e os 15 mil kits de emergência.

Os contratos foram assim coordenados pela secretaria de Estado da Proteção Civil, sob orientação de Francisco José Ferreira, líder do PS/Arouca e que, antes de integrar o Governo, era padeiro numa pastelaria em Vila Nova de Gaia, propriedade do seu irmão, segundo o JN. Francisco José Ferreira de 30 anos, com o 12º ano de escolaridade, foi nomeado para o Governo em dezembro de 2017.

A Autoridade Nacional de Energência e Proteção Civil (ANEPC) pagou 350 mil euros às empresas Foxtrot Aventura – propriedade do marido de uma autarca do PS de Guimarães -, e à Brain One – cujos donos têm vencido vários contratos da câmara de Arouca, cidade onde o atual secretário de Estado da Proteção Civil – José Artur Neves – foi autarca durante 12 anos.

No domingo, o secretário de Estado da Proteção Civil responsabilizou a Proteção Civil pela compra das golas antifumo inflamáveis.

“Os contratos, caderno de encargos, as condições de seleção dos concorrentes, é da responsabilidade da Autoridade Nacional da Proteção Civil”, disse José Artur Neves.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou no sábado a abertura de um inquérito urgente sobre a contratação das golas antifumo que são inflamáveis.

Na sexta-feira, o ministro rejeitou responder diretamente a questões relacionadas com esta polémica, afirmando que as golas não são “material de combate a incêndio”.

  • Notícia em atualização

https://jornaleconomico.pt/noticias/adjunto-de-secretario-de-estado-da-protecao-civil-recomendou-empresas-de-golas-inflamaveis-472815

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