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Depois da aceleração do PIB, economistas estimam o país cresça mais de 2% em 2017

Em linha com as estimativas do Banco de Portugal, o Governo prevê que a economia venha a atingir os 1,8% no final do ano, depois de ter revisto em abril esta percentagem presente no Orçamento de Estado.
15 Maio 2017, 18h15

Depois de conhecido o crescimento de 2,8% da economia portuguesa no primeiro trimestre do ano, anunciado esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os economistas mostram-se mais otimistas em relação ao desempenho do PIB em 2017. Uma consulta feita pelo ‘Jornal de Negócios’ mostra que a aceleração da economia está a levar os economistas a antecipar um crescimento superior a 2% este ano.

“O primeiro trimestre mostrou uma aceleração do crescimento particularmente impressiva”, notam os economistas do BPI. “A evolução homóloga foi a mais positiva desde o último trimestre de 2007, alicerçada num desempenho bastante sólido das exportações, que registaram um aumento mais acentuado que as importações”.

Embora considerem que se trata de uma “recuperação cíclica”, o banco indica que “estes dados melhoram a perspectiva para 2017” e fazem antever que “o PIB aumente mais de 2% na totalidade do ano”.

Também os economistas do Montepio revêem em alta o desempenho da economia portuguesa. O Montepio acredita que o PIB português crescerá dos 2% para 2,3%, mas lembra que este não se trata de um crescimento em cadeia, mas sim de um crescimento homólogo. Em comparação com o trimestre anterior, a economia portuguesa cresceu apenas 1%.

De qualquer das formas, os economistas do banco liderado por José Félix Morgado sublinham que estes são “valores que consideramos não se deverem repetir no resto do ano”.

A variação homóloga do PIB, considerada a melhor em  praticamente 10 anos, é vista também pelo Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP) como “muito positiva”.

“Sugere que a recuperação cíclica da economia portuguesa está, finalmente, a dar sinais de dimensão mais próxima de ciclos anteriores”, escreve o NECEP.

Em linha com as estimativas do Banco de Portugal, o Governo prevê que a economia venha a atingir os 1,8% no final do ano, tendo esta percentagem sido revista em abril, depois de o Governo ter inscrito no Orçamento do Estado uma meta de 1,5%.

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